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Aproximar margens do mediterrâneo

Seminário da Casa da Europa do Ribatejo
Procurar “casar os interesses entre ambas as margens do Mediterrâneo” é o objectivo do Projecto Federal Mediterrâneo, apresentado na sexta-feira de manhã, pela Casa da Europa do Ribatejo. Durante a abertura do seminário internacional sobre “o papel do alargamento da União Europeia no mundo e a sua importância para os países da bacia do mediterrâneo”, que decorreu no Hotel Coríntia, em Santarém, Pedro Canavarro, director do projecto, lembrou a importância destes países numa altura em que se dão passos significativos no alargamento da União Europeia.“Por muito que se tenha já oficializado a importância do mediterrâneo, especialmente desde 1995 com a declaração de Barcelona, nunca é demais alertar para a importância desta área geo-cultural, que através da sua já longa história no mundo foi palco de culturas e civilizações distintas”, afirmou.O responsável pelo projecto salienta que o encontro em Santarém é o início de um longo trabalho a levar a cabo pelas diversas casas da Europa e seus parceiros mediterrâneos. O projecto irá debruçar-se inicialmente em três vertentes que “representam a sociedade civil na forma mais isenta de questões partidárias ou governamentais ou de fundamentalismos religiosos”. Uma das vertentes do trabalho é a de intercâmbio entre jovens. “Custa-me muito aceitar que um jovem descobridor da amizade, do conhecimento e do amor através da inter-culturalidade fosse capaz de algum tempo depois tudo esquecer para transformar o espaço de encontro em espaço de guerra e poder”, realçou. A “investigação científica” e o “desenvolvimento urbano” são outras vertentes do projecto a explorar.Os trabalhos preparatórios do seminário desenrolaram-se ao longo de três anos no âmbito das reuniões da Federação Internacional das Casas da Europa.Pedro Canavarro defende que o alargamento europeu deve ter em conta as “clássicas matrizes europeias” –o mediterrâneo grego, romano, judaico-cristão e árabe. “Foi sempre nesta dinâmica de fronteiras que a Europa se regeu, ora recolhendo-se, ora abraçando, ora alargando-se a novos mundos na identificação do ocidente ou actualmente através da União Europeia”.Santarém, uma cidade com três mil anos de história, recebeu influências árabes e romanas que ainda mantém e que são visíveis na agricultura da região e na “raiz linguística” que foi perpetuada.A sessão contou com a presença do presidente da Federação Internacional das Casas da Europa, Arno Krause, e de representantes das casas da Europa envolvidas no projecto federal, como a França, a Grécia, Itália, Croácia, Malta, Chipre, Turquia e Santarém, assim como parceiros de países do outro lado do mediterrâneo – Marrocos, Tunísia, Líbia, Egipto, Israel e Palestina.

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