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Oposição rejeita compra de terreno

Instalação da Lactogal em Santarém pode sofrer atrasos
Os vereadores da oposição na Câmara de Santarém rejeitaram a aquisição de uma parcela de terreno destinada à instalação da fábrica de queijos da Lactogal na zona da Quinta da Mafarra. A maioria socialista ainda chamou a atenção para a possibilidade de uma posição desse género poder atrasar o processo de instalação da fábrica, mas PSD e CDU não se demoveram.Se o voto contrário da CDU era esperado - a coligação tem votado sistematicamente contra em todas as deliberações respeitantes ao processo por discordar da forma como o mesmo foi conduzido -, já o do PSD surpreendeu, apesar de ter deixado a porta aberta para viabilizar o negócio. Basta que o vendedor do terreno abdique de uma cláusula contratual onde a câmara se comprometeria a pagar mil euros por dia caso se atrase na liquidação das prestações.Na reunião do executivo a que temos vindo a fazer referência, realizada dia 4, segunda-feira, o vereador social-democrata José Andrade insurgiu-se contra aquela cláusula penal, dizendo que a mesma coloca em causa o bom nome da autarquia. E sugere que a mesma preveja apenas o pagamento de juros de mora em caso de atraso no pagamento das prestações. O presidente da câmara, o socialista Rui Barreiro, ainda lembrou que a cláusula - antes da renegociação do contrato-promessa entretanto havida - previa uma verba de mil contos diários e não de mil euros. E avisou que o proprietário já tinha cedido o que havia a ceder. Mas os esforços de nada valeram.Em causa estão 56,8 mil metros quadrados propriedade de um particular, que custarão à autarquia qualquer coisa como 816,3 mil euros (163 mil contos) e serão cedidos à Lactogal a um cêntimo o metro quadrado. Numa coisa todos estão de acordo: o facto de o terreno ter sido prometido à Lactogal ,sem estar antecipadamente na posse da autarquia, reduziu substancialmente a margem negocial da câmara e poderá ter empolado os números. Essa é aliás a razão porque a CDU tem vindo a votar contra desde que se iniciou o processo, a meio do anterior mandato.Resta saber agora qual a resposta do dono do terreno, já que os partidos da oposição têm as suas posições bem vincadas e o PS, sem maioria absoluta, está atado de pés e mãos. Refira-se que a autarquia já garantiu a compra de um terreno de 35,4 mil metros quadrados, estando por resolver a actual situação e a aquisição de mais 43,8 mil metros quadrados aos proprietários da Quinta da Mafarra para que esteja disponível a área considerada necessária pelo promotor do empreendimento.

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