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A estratégia

Em princípio sou contra a guerra, mas se Portugal for invadido, evidentemente que acho que nos devemos defender. Este é um caso paradigmático, em como, em determinadas questões, a componente racional deve prevalecer sobre a sentimental.Se houver uma troca de tiros entre polícias e ladrões, como é óbvio, isso não quer dizer que a polícia seja igual aos ladrões, trata-se apenas de uma solução de recurso.Apesar de ser uma pessoa pouco viajada, aconteceu que há uns tempos, fui uns dias a Itália. Lá quase ninguém fuma em locais públicos, desde restaurantes, comboios, estação dos comboios, etc... E digo quase, porque no nosso grupo de portugueses, quase todos fumavam, assim como num grupo de espanhóis com o qual nos cruzámos ocasionalmente. A isto chama-se respeitar os outros. Sim, na Itália que é conhecida como o país da Máfia, as pessoas respeitam os outros. Ainda mais. Aconteceu por várias vezes eu reparar que os jovens tiravam as pastilhas elásticas da boca e colocavam-nas no caixote do lixo. Em Portugal, devem-se contar pelos dedos das mãos os jovens que fazem isso.Deve ser por isso que nos países mais desenvolvidos, as coisas funcionam. Aí toda a gente respeita os outros e assim as pessoas confiam umas nas outras. Em Portugal, quase ninguém respeita ninguém. Desde políticos, dirigentes desportivos, comentadores políticos, comentadores desportivos, cidadãos anónimos, quase toda a gente mente, com a naturalidade de quem respira, e denota uma incoerência e hipocrisia, por demais evidentes. É uma autêntica anarquia.Com esses, assim como com os criminosos e os terroristas, temos de ser determinados, firmes e até implacáveis, porque geralmente são gente mesquinha, oportunista e abusadora. Daquele tipo de criaturas, às quais nós damos a mão e elas com uma das suas mãos puxam-nos o braço e com a outra apertam-nos o pescoço. Se não reagirmos de forma enérgica, esses vampiros, depois de nos apertarem o pescoço, sugam-nos o sangue. Se todos tivermos uma atitude passiva e determinada pela nobreza de sentimentos, esses canalhas apoderam-se do destino da nossa sociedade. Alguém tem de dar o corpo ao manifesto, dar luta a esses canalhas para os manter à distância e no seu devido lugar.Eles atacam-nos com a mentira, a incoerência, a hipocrisia e o oportunismo, eu defendo-me somente, e apenas em alguns casos, com uma linguagem agressiva. Constata-se portanto, que até sou uma pessoa bastante comedida.Por vezes, há que dar um murro na mesa, agitar as consciências, para mostrar que não andamos a dormir, e isso também se consegue com uma linguagem agressiva.Vitor Monteiro(Texto enviado através de correio electrónico)

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