uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Câmara de Santarém não paga ao IPJ

A Câmara Municipal de Santarém já não paga as utilizações do auditório do IPJ (Instituto Português da Juventude) há muitos meses, apesar dos pedidos para a regularização da dívida – já superior a cinco mil euros - enviados periodicamente para a autarquia pelo delegado regional desse organismo. O presidente da Câmara de Santarém, Rui Barreiro (PS), em resposta enviada ao nosso jornal, reconhece que há efectivamente uma dívida a saldar mas conclui com uma versão diferente da que é expressa pelo delegado regional do IPJ. “Confirma-se a existência de um débito à Delegação Distrital do Instituto Português da Juventude, respeitante às utilizações do auditório em ambos os mandatos, não se encontrando registado nenhum pedido de pagamento desta entidade”, diz o autarca.João Lérias estranha essas declarações, garantindo que regularmente é enviado para a câmara um ponto da situação da dívida acompanhado por um pedido para liquidação da mesma. “Se isso acontece é porque os serviços funcionam mal. Trimestralmente enviamos uma informação a dizer quanto é a dívida e uma fotocópia dos recibos. É normal que isso não vá directamente para o presidente, que fique pelos serviços, mas pelo menos devia ser-lhe dado conhecimento”.Além disso, explica ainda João Lérias, já foram realizadas reuniões entre ele e a vereadora da Cultura Idália Moniz onde o assunto foi abordado e onde o delegado regional terá manifestado o interesse em resolver a situação. “Eu sei que a Câmara de Santarém tem dificuldades financeiras e não quero que paguem tudo de uma vez”, esclarece aquele responsável. João Lérias revela que os pagamentos deixaram de ser regulares em Outubro do ano passado – ainda no anterior mandato - e que este ano, “salvo o erro”, só foi feito um pagamento “em Fevereiro ou em Março”. Mesmo tendo em conta que o IPJ faz um bom desconto à autarquia e que os encargos pela utilização do auditório (que ocorre sobretudo aos fins de semana) correspondem apenas, grosso modo, ao pagamento da electricidade e das horas extraordinárias de um funcionário Actualmente o débito ultrapassa os cinco mil euros (mil contos) e deve-se, sobretudo, à utilização do espaço por alguns grupos de teatro que têm ali a única sala disponível para colocarem os seus espectáculos em cena.João Lérias diz que em último recurso pode ser vedada a utilização do auditório a iniciativas que tenham a câmara como entidade arrendatária. Mas sublinha que a actividade dos grupos de teatro, como o Centro Dramático Bernardo Santareno, que ali actuam normalmente não será posta em causa, “nem que tenhamos que assumir essa responsabilidade por nossa conta”.

Mais Notícias

    A carregar...