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Em dia de aniversário, Atlético de Pernes homenageou os sócios fundadores

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Atlético de Pernes completou 60 anos no sábado
O Atlético Clube de Pernes viveu no sábado um intenso dia de celebração do seu sexagésimo aniversário que culminou com um jantar comemorativo, em que participaram cerca de 100 pessoas, e com a atribuição de distinções a alguns associados. No convívio estiveram representadas entidades como o Instituto Nacional do Desporto, a Associação de Futebol de Santarém, a Câmara de Santarém e a Junta de Freguesia de Pernes. Uma oportunidade de confraternização que Manuel Batista, presidente do clube, aproveitou para solicitar mais condições para trabalhar, tanto aos associados como aos representantes daqueles organismos públicos.A actual direcção decidiu homenagear os sete sócios fundadores do clube. Guilherme da Silva Gonçalves e Manuel Vieira Custódio estiveram presentes e foram agraciados com placas evocativas da sua acção, enquanto Mário Loureiro dos Santos, Alexandre da Horta Ribeiro, Joaquim Rosa Nobre, Paulo Batista e Sebastião Duarte Martins também não foram esquecidos. Um convívio antecedido pela recepção a todos os convidados no ginásio dos Bombeiros Voluntários de Pernes onde se pôde ver uma pequena exposição sobre a história da colectividade de Pernes. Um pequeno percurso “contado” através de fotografias das primeiras equipas do clube até aos atletas mais recentes, apoiada ainda pelos equipamentos (o primeiro era à Sporting) com que a formação foi trajando ao longo dos anos e por alguns vídeos de jovens dos escalões de formação em acção durante o treino.Manuel Batista sentia-se satisfeito com a adesão de sócios e entidades públicas ao sexagésimo aniversário do clube, declarando que tal situação só iria dar mais força à direcção do Atlético de Pernes para continuar a trabalhar.Num pequeno resumo da história da colectividade, o sócio Mário Gomes destacou como os mais importantes êxitos desportivos a presença do clube em duas épocas na Primeira Divisão Distrital, a conquista de uma Taça do Ribatejo e de duas Taças Disciplina da Associação de Futebol de Santarém. Um clube que se filiou no Atlético Clube de Portugal e que teve como principal impulsionador na sua criação Joaquim Rosa Nobre.Como curiosidade registe-se por exemplo, que há cerca de 60 anos o actual Campo do Livramento custava a módica quantia de 1200 escudos anuais, tinha as incríveis dimensões de 80 metros de comprimento por 12 metros de largura e, ainda por cima, o terreno não era direito.Equipa de futsal do Atlético de Pernes paga para treinar e jogar em S. Vicente do PaúlSem polidesportivo há dois meses“Isto não pode continuar assim porque não somos um clube rico”, desabafa Manuel Rafael Batista quando se fala nas constantes deslocações que a equipa da futsal feminino tem de fazer ao pavilhão de S. Vicente do Paúl. Uma romagem para treinar durante a semana e jogar em “casa” para a Primeira Divisão Distrital Feminina de Futsal.O presidente do Atlético de Pernes não se conforma com o facto de desde meados de Novembro, altura em que uma intempérie varreu cerca de 80 vigas da cobertura do polidesportivo coberto de Pernes junto à zona dos balneários, o clube estar a despender uma verba de 12.50 euros por hora para treinar e ter de caminhar constantemente até ao pavilhão desportivo da vizinha freguesia de S. Vicente do Paúl. Desde então que chove dentro do pavilhão e a situação ainda não foi remediada pela Junta de Freguesia de Pernes, proprietária do recinto, e pela Câmara de Santarém.É que além do aluguer do pavilhão em S. Vicente do Paul, existe ainda o encargo com as deslocações, situação considerada insustentável para um clube que só dispõe de uma carrinha como meio de transporte dos atletas. Segundo explica Manuel Batista, “desta maneira não há condições para ter os jovens a praticar desporto nos dois lados ao mesmo tempo”, salientando de seguida o autêntico desdobramento a que são forçados os membros da direcção do clube. “Levamos as miúdas para S. Vicente do Paúl às 18h30 e temos de estar ao mesmo tempo em Pernes com os infantis e iniciados. Passada uma hora é a vez dos juniores e tudo isto é impossível”, descreve o dirigente. O pavilhão de Pernes, de acordo com Manuel Batista, apesar de dispor de três cabinas para jogadoras e árbitros, não tem sequer uma casa de banho. O presidente do clube refere que na sua direcção existem algumas pessoas que trabalham na construção civil dispostas a colaborar com a Junta de Freguesia e com a Câmara de Santarém na resolução do problema. Como nos explicou o tempo não tem colaborado mas terá havido alguns dias em que a situação podia ter avançado e em que nada se realizou. Versão contraditória à do presidente da Junta de Freguesia de Pernes, Francisco Santos, que nos informou que as obras já se iniciaram há mais de uma semana.Manuel Batista é também de opinião que o pavilhão deve ser propriedade do Atlético de Pernes para o desenvolvimento das actividades das escolas quando chega o mau tempo. Esta opção ou a construção do novo pavilhão de Pernes, uma obra sobre a qual o dirigente diz ir estar atento para ver crescer.Contactado por O MIRANTE, Rui Barreiro, presidente da Câmara de Santarém, esclareceu, através de fax, que no seguimento dos prejuízos causados pelo mau tempo, a Junta de Freguesia de Pernes solicitou à autarquia um apoio para suporte dos custos de reparação avaliado em cerca de dois mil euros, além da mão-de-obra. Da resposta conclui-se que a Câmara de Santarém irá apoiar esta remodelação.Quanto à hipótese do Atlético de Pernes vir a ser proprietário daquele polidesportivo, Rui Barreiro não se pronuncia, uma vez que a junta de freguesia é a proprietária. Mas já se mostra favorável à construção de um pavilhão desportivo na Escola D. Manuel I, de Pernes, “devidamente equipado e com capacidade para ser utilizado pela comunidade local”, vem escrito.O que fica por saber e por responder é até quando terá de esperar o atlético de Pernes pelo início e conclusão das obras do polidesportivo, à medida que vai gastando dinheiro em aluguer de pavilhão e deslocações. Isso ninguém parece saber responder.
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