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Constância quer chamar turistas

Primeiro encontro de agentes turísticos do concelho
O número reduzido de quartos e de restaurantes, a falta de sinalização e de segurança e a ausência de parcerias entre os agentes turísticos do concelho de Constância são algumas dificuldades que a “vila poema” terá que ultrapassar para reforçar o seu potencial turístico.Estas foram algumas das sugestões que surgiram durante o primeiro encontro de agentes turísticos do concelho de Constância, que se realizou na tarde de sexta-feira no salão nobre dos paços do concelho.O objectivo do encontro foi promover a reflexão sobre as dificuldades, ameaças e oportunidades do sector do turismo com vista a definir uma estratégia.Um dos entraves ao desenvolvimento turístico é o número reduzido de quartos que não permite que o concelho segure grupos numerosos de pessoas. Por outro lado não existem restaurantes para grupos mais significativos. Uma situação que deverá alterar-se com a abertura do Parque Almourol. Um conjunto de infra-estruturas que irá exigir mais oferta por parte dos empresários de Constância e funcionará como motor do turismo. O aumento da qualidade do serviço e da qualificação de quem trabalha no turismo torna-se também necessário para cumprir a estratégia. “Só dessa maneira nos conseguiremos afirmar no contexto regional, já para não saltar para horizontes mais longínquos no país”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Constância, António Mendes. Para o autarca, os empresários não podem andar de costas voltadas e devem adoptar uma visão que os una.O presidente da delegação distrital de Santarém da Associação da Restauração e Similares de Portugal, Alfredo Neves, partilha a mesma opinião. O responsável lembra que se vive um período de retracção e o sector da restauração se ressente com a crise. Para Alfredo Neves, a melhoria da qualidade de serviço passa pela qualificação de mão de obra, a par da reforço das condições de higiene e de frio. Alguns empresários de turismo rural queixaram-se da falta de sinalização na vila e da falta de segurança que às vezes se regista. A publicidade destas empresas passa de boca a ouvido e quando há notícia de insegurança registam-se quebras que prejudicam o negócio.GASTRONOMIA, HISTÓRIA E CIÊNCIAO património histórico, o parque ambiental de Santa Margarida e os passeios são algumas das potencialidades do concelho a explorar.Com a dinamização do observatório astronómico e do planetário que será inaugurado em Maio, o concelho tem um projecto único de turismo científico a nível nacional que permitirá atrair um número significativo de visitantes, salienta o vereador Rui Ferreira.O turismo de eventos será outra das apostas do concelho, especialmente no período das festas da Boa Viagem e da Feira dos Rios.A dinamização da semana da gastronomia nos restaurantes do concelho poderá servir de alavanca para a dinamização do turismo. “Portugal é procurado pela gastronomia. Constância não tem trabalhado nesse aspecto. Não existe um prato que leve as pessoas a vir a Constância”, afirmou Rui Ferreira. O vereador lembrou o “saudoso bife na pedra” por comparação à famosa Sopa de Pedra, que leva muitos visitantes a Almeirim. A promoção e fabrico mais regular dos “queijinhos do céu”, um ex-libris da doçaria do concelho, foi outra das sugestões deixadas até porque são poucas as pessoas que dominam a receita. Da reunião saiu a promessa de elaborar um inventário das riquezas gastronómicas para descobrir uma especialidade que se possa desenvolver.A promoção do turismo histórico, muito ligado a Camões e à malha urbana da vila, é outra das componentes a explorar.O director geral da Nersant, Filipe Martins, chamou a atenção para a pontencialidade do turismo de negócios, aproveitando a proximidade de Lisboa e Espanha e beneficiando da grande procura do turismo religioso em Fátima.Para o vice-presidente da Região de Turismo do Ribatejo, Armindo Pinhão, há que definir um estratégia de turismo concreta para Constância. “A promoção tem que ser feita por produtos já embalados. Tem que se saber quanto custa. Há empresários que não dão informações sobre os preços que praticam a uma informação pública”, denuncia.A autarquia está convicta de que o concelho e a região detêm um vasto património turístico, cultural e ambiental que deve ser aproveitado. “Sabendo das singularidades que nos distinguem dos outros concelhos, vamos tentar transformar estes aspectos em potencialidades que se traduzam em mais valias que reforcem o tecido económico”, salientou António Mendes.

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