Quim Barreiros é a grande atracção das tradicionais festas em honra do mártir S. Sebastião em Amiais de Baixo, concelho de Santarém, que se realizam de 22 a 25 de Fevereiro, no centro da freguesia.Apesar de ser uma festa tradicional, a organização já introduziu uma inovação. Toda a programação e historial das festas estão disponíveis numa página de internet criada para o efeito–www.amiais2003.web.pt.Os festejos iniciam-se no sábado, às 17h30, com a animação de rua da Bandinha da Alegria. Segue-se uma procissão ao cemitério com archotes e fogo de artifício. Às 23h00 há arraial e queima de fogo de artifício preso. À meia noite sobe ao palco a “Banda Arco Íris”.No domingo o dia começa às 9h30 com o peditório acompanhado pela Orquestra Filarmónica 12 de Abril, de Travassô, Águeda.Às 15h00 realiza-se a procissão com todas as imagens, missa solene e arraial. Às 20h30 queima-se fogo preso. O Grupo de Danças Livres e de Salão da Casa do Povo de Amiais de Baixo actua às 23h00. Depois o recinto fica livre para um baile ao som da música dos “6 Latinos”.Na segunda-feira, 24 de Fevereiro, o peditório continua às 9h30 acompanhado pela orquestra. Às 16h00 há missa e procissão e para as 17h30 está previsto o início do arraial e leilão.A bandeira é entregue à nova comissão de festas por volta das 21h30. O baile com o conjunto “Antecipação” está marcado para as 22h30, um pouco antes do grande espectáculo das festas deste ano com o cantor Quim Barreiros.No último dia de festa, 25 de Fevereiro, terça-feira, a alvorada às 10h30 conta com a presença da velha e da nova comissão. Durante a manhã os novos elementos da comissão serão apresentados à população.Às 15h00 haverá arraial e leilão. Para as 22h00 está marcada a despedida da orquestra com archotes e haverá uma última saudação à população com fogo de artifício.Como complemento à animação espalham-se pelo recinto várias tasquinhas com petiscos. As entradas são livres e os possíveis lucros da festas revertem a favor de melhoramentos da freguesia.A festa é uma das tradições mais antigas da população de Amiais de Baixo. Realiza-se desde 1847, sempre no fim-de-semana anterior ao Carnaval (no tradicional Domingo Magro). Tem o “poder” de movimentar toda a população e fazer a alegria das suas gentes e visitantes. Correspondia à mais importante das ocasiões do velho calendário dos serradores. Muitas histórias que se narram sobre Amiais têm como contexto os tradicionais festejos de Fevereiro.A festa tem a duração de quatro dias (de sábado a terça-feira) e é de tal modo considerada que as próprias fábricas encerram as suas portas, imobilizando, temporariamente, a produção.O tema principal da festa, para além de algumas manifestações marginais, é o “convívio da comunidade”. São as ruas apinhadas de um povo exuberante, os cafés repletos, o fogo de artificio de uma beleza indescritível, os festeiros de saco em punho fazendo peditório público e os coretos improvisados nos pequenos largos da freguesia. Gera-se todo um clima emocional que produz agitação e efervescência, e por fim, a “cerimónia” de carácter religioso, vividas e sentidas aos seus costumes.Na tarde de Domingo, a procissão sai por fim, para o seu percurso, por entre a população que se aglomera ao longo das ruas da aldeia.Não há colchas nem colgaduras nas janelas. Ninguém reza, se benze ou ajoelha. Não há cânticos nem flores. É uma procissão diferente, a que só a banda empresta um ar vagamente festivo. Finda a procissão segue o baile público, que se realiza na rua principal, ao som da banda, um dos momentos mais esperados da festa.