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Alpiarça cria nova centralidade

Construção do edifício da câmara começa este mês

Ao lado do edifício que alberga a Câmara Municipal de Alpiarça vai surgir um outro, de traça moderna, que passará a albergar todos os serviços técnicos e administrativos. A actual sede do poder local vai sofrer obras de recuperação e ali funcionará, de futuro, a componente política. A zona vai funcionar como uma nova centralidade da vila pois nas imediações da câmara vão surgir novas habitações e comércio. As obras começam este mês.

Até ao fim do mês vão começar as obras de ampliação da Câmara Municipal de Alpiarça. Os trabalhos, divididos em duas fases, compreendem, numa primeira etapa, a construção de um novo edifício de traça moderna. Após a sua conclusão vai proceder-se à recuperação das actuais instalações. O novo edifício vai ficar nas traseiras da actual câmara, na Rua José Relvas, num quarteirão pertença da autarquia onde vão surgir também habitações e uma zona de comércio e serviços. O novo edifício vai ter uma volumetria inferior à do actual, dispondo de apenas um piso. A sua arquitectura aponta para linhas modernas, cujo objectivo é o de fazer realçar as instalações antigas. Na prática trata-se de dois blocos paralelos em forma de rectângulo onde vai ser instalada toda a componente de serviços da autarquia, desde os departamentos técnicos aos administrativos. O edifício antigo vai albergar apenas a componente “política” da câmara, com gabinetes para presidência e vereadores, salas de reuniões, entre outros. A sala de sessões (salão nobre) ficará nas novas instalações. A necessidade de avançar com esta construção prende-se com a falta de espaço e com o aumento da degradação do actual prédio, que pertenceu à família de João Duarte, muito conhecida na vila. Neste momento a sala de sessões serve para realizar as reuniões do executivo e alberga ao mesmo tempo o gabinete do presidente. Em algumas divisões há pessoas a trabalhar nos corredores. Por outro lado as infiltrações têm vindo a aumentar e algumas portadas estão a apodrecer. Neste Inverno choveu no gabinete do presidente como na rua, ao ponto da própria maqueta do novo edifício ter ficado destruída pela água. Quanto à localização do novo edifício, o presidente da autarquia, o socialista Joaquim Rosa do Céu, explica que a opção teve a ver com a necessidade de se preservar o actual edifício que tem uma carga histórica importante para a localidade, e criar uma nova centralidade na vila. “Não podemos resumir o centro de Alpiarça apenas ao largo dos Águias, sob pena de estrangular aquela zona”, diz.“Um edifício antigo como este não pode ser transformado em pousada, por exemplo, porque isso pode originar a sua descaracterização. Por outro lado, como o imóvel se situa na saída norte de Alpiarça, devemos criar uma vivência quotidiana nesta zona da vila. Criar uma centralidade distinta da zona do largo dos Águias, trazendo para aqui as pessoas. É obrigar a deslocação entre duas realidades centrais, criando um amplo espaço de circulação”, acrescenta Rosa do Céu.“Para quem apregoa conceitos de desenvolvimento sustentável, convém perceber que isso é incompatível só numa faixa central de uma localidade. O desenvolvimento deve ser visto numa escala global. E nós advogamos o conceito de desenvolvimento integrado”, defende o autarca. A seguir à construção do novo edifício e recuperação do actual, a autarquia vai avançar com um projecto de loteamento na área, vendendo os terrenos para vivendas unifamiliares e lojas. Desta forma a câmara pretende também reduzir o custo da construção do imóvel, orçado em 878.910 euros. O espaço vai dispor também de estacionamento, zonas ajardinadas e equipamentos colectivos.

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