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O novo centro comercial deverá abrir ainda este ano e tem já mais de sessenta por cento das lojas arrendadas

Fotografia tremida

Empresa de Santarém contesta arrendamento de loja no centro comercial da Imocom

A empresa que está a comercializar as lojas do futuro centro comercial da Imocom em Santarém, cujas portas deverão abrir ainda este ano, assegura que está a ser dada preferência aos comerciantes da cidade interessados em ali abrirem o seu negócio.

Uma garantia que não é confirmada por um dos sócios de uma conhecida firma de Santarém ligada ao ramo da fotografia. Evaristo Fernandes declara ao nosso jornal que, caso fosse respeitado esse compromisso, a única loja de fotografia prevista para o centro comercial W Shopping seria atribuída à Trifoto. Só que a loja acabou por ser arrendada à multinacional Kodak, apesar de a Trifoto até já ter passado um cheque a sinalizar o seu interesse.Sandra Freire, da Rishard Ellis, empresa que funciona como mediadora entre a Imocom e os potenciais interessados, confirma que o projecto só prevê a instalação de uma loja de fotografia e que essa já está entregue à Kodak. E Margarida Almeida, da Imocom, complementa explicando que essa situação se deveu ao facto de a Trifoto só ter manifestado o seu interesse após já estar assumido o compromisso da Imocom com a Kodak.De qualquer forma, tanto Sandra Freire como Margarida Almeida admitem que com o decurso do processo de comercialização dos espaços comerciais se possa ainda garantir a abertura de outra loja de fotografia. E que, nesse caso, a Trifoto poderá ter primazia em igualdade de circunstâncias.Só que Evaristo Fernandes - que nos garantiu ter manifestado o seu interesse logo no início do processo - já não tem grandes esperanças. E dá conta da situação negativa gerada pela incerteza em torno do assunto. “São coisas que envolvem milhares de contos e nós precisamos de saber, pois em caso de instalação precisamos de comprar maquinaria a tempo e horas. Mas ninguém nos garante nada...”, afirma.OFERTA SUPERIOR À PROCURAApesar dessa situação, que aparenta ser pontual, tanto Sandra Freire como Margarida Almeida garantem que durante os últimos meses foram realizados inúmeros contactos e reuniões com empresários e comerciantes da cidade e também com a Associação Comercial de Santarém. A intenção foi sensibilizar os agentes económicos locais a investirem no W Shopping.Fruto disso, dizem as mesmas fontes, é a instalação nessa superfície comercial de algumas lojas, em regime de franchising, dirigidas por empresários locais, designadamente nas áreas do pronto-a-vestir e dos acessórios.Mesmo assim, a procura tem sido um pouco aquém das expectativas dos promotores do projecto, numa altura em que cerca de sessenta por cento das 70 lojas estão arrendadas ou em vias disso. “Já temos instalados alguns empresários de Santarém mas queremos mais e não temos retorno”, afirma Margarida Almeida, exemplificando que não têm surgido interessados para abrir lojas de franchising de marcas de topo.O MIRANTE sabe que não se terá registado maior adesão porque alguns comerciantes da cidade não ficaram agradados com as condições impostas pela administração daquele espaço comercial. Refira-se que os comerciantes que ali se instalarem, para além de uma renda fixa terão que suportar ainda uma renda variável, cujo valor oscilará consoante a facturação registada mensalmente. Isso significa que todos os meses os lojistas terão que prestar contas dos seus negócios a quem administra o centro comercial. E terão ainda de ajudar a suportar as despesas de condomínio. Tudo situações novas e porventura pouco atractivas, sobretudo para quem já tem o seu comércio aberto na cidade e não está habituado a cumprir todos esses requisitos.
O novo centro comercial deverá abrir ainda este ano e tem já mais de sessenta por cento das lojas arrendadas

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