O Parque de Negócios de Alcanena, um dos sete previstos pela Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém - para o distrito, está em risco de não avançar. Depois de se terem dado alguns passos importantes o processo parou e a situação agravou-se com o abandono do projecto por parte da Câmara de Alcanena, que já pensa em soluções alternativas que podem passar pela criação de um parque industrial próximo do nó da auto-estrada.A decisão da autarquia, foi manifestada pelo seu presidente, Luís Azevedo, numa reunião entre empresários do concelho e a direcção da Nersant, que decorreu no dia 13 em Alcanena. Essa posição apanhou os responsáveis da associação empresarial de surpresa.O presidente da Nersant, José Eduardo Carvalho, afirma em nota de imprensa que os outros parques de negócios avançaram mais rapidamente devido ao empenho das autarquias, como foi o caso do de Rio Maior. E como exemplo referiu que a Câmara de Alcanena apenas detinha 3,6% do capital da empresa gestora do futuro parque de negócios, o que fazia dela a autarquia com menos participação de todas as que aderiram a projectos desse género.José Eduardo Carvalho afirmou ainda na mesma reunião que o processo de início foi muito participado por empresas locais. Sintoma disso era o facto de 19 empresários de Alcanena terem subscrito 56,5% do capital da sociedade gestora do parque de negócios de Alcanena. Só que nesse encontro apenas seis empresas se mantinham interessadas no projecto, segundo refere nota de imprensa da Nersant, e outras só manifestavam intenção de aderir se fosse alterada a localização prevista para o parque. “A Nersant não tem responsabilidade nesta decisão. Se os accionistas decidirem que não se continua com o projecto, é uma decisão perfeitamente legítima”, declara José Eduardo Carvalho, citado na mesma nota de imprensa.