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A DECO reuniu as delegações na Chamusca para preparar o XVII congresso mundial

DECO não baixa os braços

Delegações regionais reunidas na Chamusca para preparar congresso mundial

O estado maior da DECO (Associação Nacional da Defesa do Consumidor) reuniu no sábado na Chamusca para preparar o XVII Congresso Mundial de Associações de Defesa do Consumidor, que se realiza em Outubro em Lisboa. Do encontro com todas as delegações regionais da associação saiu a informação de que vão participar na iniciativa seiscentos elementos de organizações de defesa do consumidor, de cento e vinte e cinco países. O acontecimento está a gerar uma grande expectativa, já que o congresso, que decorre em cada três anos, não se realizava num país europeu há mais de dez anos.

Este encontro da Chamusca serviu também para fazer o balanço dos últimos seis meses de actividade. Segundo o secretário-geral da associação, Jorge Morgado, a DECO vai continuar a acompanhar a situação dos nitrofuranos nas aves. “Vamos estar atentos à segurança alimentar em Portugal”, referiu, acrescentando que “as ameaças de processos em tribunal e de outras formas de intimidação, não nos vão desviar um milímetro dos nossos objectivos”. Referindo-se aos últimos acontecimentos que têm colocado em choque a associação e alguns agrupamentos de comerciantes e produtores, Jorge Morgado, garantiu que os estudos sobre os nitrofuranos “só vêm reforçar a credibilidade da DECO”. “Nós apostamos em estudos e análises laboratoriais, do outro lado apenas dão palpites”, reforçou.No entanto, o secretário-geral da DECO reconheceu que os protestos da Associação de Talhantes têm fundamento. “Sabemos que os talhantes não têm condições para verificar se a carne que estão a vender tem ou não nitrofuranos, mas nós temos que dar uma informação útil às pessoas”, referiu.Salientou ainda que a acção da DECO visa também pressionar a administração pública para que exerça as suas competências. “No caso dos bens alimentares a fiscalização não funciona. As instituições dividem-se por quatro ministérios e uma dúzia de direcções regionais, sem qualquer articulação. Não há nenhum país onde isto funcione assim, e não há nenhum país que possa articular uma coisa destas”, criticou, defendendo a restruturação da fiscalização.O estudo sobre a eficácia dos bombeiros foi outra das iniciativas avaliadas na reunião foi o estudo sobre a eficácia do socorro prestado pelos bombeiros e pelo INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica). “É um estudo fundamental para a segurança do país, e mesmo incompleto já provocou algumas revoluções no meio. Não é por acaso que foi substituído o presidente do INEM. Não é por acaso que existem problemas entre as corporações de bombeiros e a protecção civil. Contribuímos para a organização do sector e agora estamos à espera de novos parceiros para continuar o estudo”, referiu.Em jeito de conclusão após o encontro, que decorreu à porta fechada, Jorge Morgado sublinhou que “os consumidores portugueses estão muito mais despertos para a defesa dos seus direitos”. E avisou que “a campanha de desacreditação da DECO que alguns sectores têm levado a efeito, não tem beliscado a reputação da associação, que continua a crescer a um ritmo elevado”.A DECO é neste momento a maior associação do país. Tem 260 mil membros em Portugal e 150 funcionários. Há dez anos tinha 30 mil membros e uma dúzia de trabalhadores. Segundo Jorge Morgado a associação é cada vez mais procurada por consumidores em todo o país, tendo passado de uma estrutura centrada em Lisboa para uma organização descentralizada com delegações regionais espalhadas pelo território nacional.
A DECO reuniu as delegações na Chamusca para preparar o XVII congresso mundial

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