Tribunal avança e GNR aguenta
Novidades no decorrer da visita do governador civil a Alcanena
Para o ano começa a ser construído o novo tribunal de Alcanena. A notícia foi dada sexta-feira, no decorrer de uma visita àquele concelho do governador civil de Santarém. Na mesma altura foi anunciado que a GNR vai ter que se aguentar no mesmo quartel, em degradação, por mais alguns anos. Cinco, no mínimo.
Foi preciso o governador civil visitar Alcanena para o presidente da câmara ficar a saber que é desta que vai avançar a construção do tribunal da vila. Durante uma reunião na sexta-feira de manhã, em que foram apresentados os principais problemas do concelho, o presidente do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça (IGFPJ) anunciou que as obras devem começar no próximo ano. Ruy Seabra informou que o estudo prévio das obras de construção civil já foi aprovado em 24 de Março. O presidente da autarquia, Luís Azevedo, ficou satisfeito com a novidade e teve contacto pela primeira vez com o projecto de arquitectura. Projecto esse que está em fase de análise e que deverá ser aprovado ainda este ano, iniciando-se as obras, se tudo correr bem, logo de seguida, em 2004. Segundo Ruy Seabra, o edifício vai custar 2 milhões de euros e vai ocupar uma área de 5.300 metros quadrados, sendo o espaço ocupado pelo imóvel de 3.330 metros quadrados. Para além do tribunal, as novas instalações vão alojar também o cartório notarial. O edifício vai ter três pisos, sendo o primeiro ocupado por áreas técnicas e garagens. O seguinte vai receber a secretaria judicial, o cartório e as áreas de segurança. No último piso vão ficar duas salas de audiências. Novidade, também, foi o facto do presidente do IGFPJ dizer que com estas condições vai ser desenvolvido o processo com vista à instalação do segundo juízo nesta comarca. Recorde-se que o actual tribunal funciona numa antiga escola primária, em situação precária e com muita falta de espaço. Conjuntura reconhecida por Ruy Seabra. O processo para a construção de um novo tribunal iniciou-se em 1998, mas só em 2001 é que a autarquia conseguiu arranjar um terreno para instalar a infra-estrutura. Lembre-se ainda que em 2001 a câmara tinha assinado um acordo com o Ministério da Justiça, que previa o lançamento do concurso para as obras em 2002. Com pior sorte está o posto da GNR da vila. Numa visita às instalações, o governador civil, Mário Albuquerque, verificou as condições degradantes em que trabalham 22 militares. No entanto, as esperanças para a construção de um novo quartel ainda são muito ténues. O comandante distrital da Guarda foi peremptório ao afirmar que um projecto para um novo edifício só deve aparecer daqui por cinco anos. Contudo, o tenente-coronel Oliveira Santos reconheceu que não é possível estar tanto tempo à espera e que é urgente arranjar uma solução alternativa. Sob pena do quartel vir a desabar em cima dos elementos da guarda. Situado no centro da vila, perto da câmara, o posto tem os tectos podres, as paredes cheias de humidade e o espaço é tão pequeno que os militares mal se podem mexer. Devido às infiltrações, no ano passado ardeu um quadro eléctrico que por pouco não provocou ferimentos num agente. As celas estão encerradas há 10 anos por falta de condições para os detidos. O que não deixa de ser caricato. Apesar do posto não servir para os reclusos tem que servir para os homens que todos os dias trabalham no local.Para além do posto da GNR, o governador civil visitou ainda o quartel dos Bombeiros Municipais de Alcanena, o Centro de Bem Estar Social, os pavilhões desportivos de Alcanena e de Minde. A visita terminou no quartel dos Bombeiros Voluntários de Minde, onde existem problemas de infiltrações. Uma situação que Mário Albuquerque prometeu resolver. Garantiu também empenhar-se, pressionando o Governo, em tentar resolver alguns problemas do concelho, como é o caso do posto da GNR.
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