Na assembleia geral realizada no dia 15 de Abril, apenas foi colocada a sufrágio uma lista, que foi eleita sem reparos dos sócios presentes. Mas já no final da reunião, o presidente da assembleia, Armindo Pinhão, alertado por alguém, verificou que duas associadas que tinham sido eleitas, não estavam em condições de poderem integrar a direcção, não tinham ainda três meses de sócias, que como mandam os estatutos é condição essencial para poderem ser elegíveis.Armindo Pinhão considerou este facto como uma grave irregularidade, tanto mais que as propostas das novas associadas teriam dado entrada na colectividade um dia antes do acto eleitoral, e mais grave ainda estava o facto do livro de registo de entrada de novos sócios ter sido rasurado de forma a atribuir números incorrectos às novas associadas.Manuel Miranda do Céu garante que nunca passou pela cabeça de nenhuma das pessoas que compõem a lista cometer qualquer acto ilícito, “tão somente houve a intenção de aproveitar duas jovens dispostas a integrarem a direcção, nada mais do que isso”.“A nossa intenção foi sempre a de procurar encontrar gente jovem para refrescar os quadros dirigentes, e quanto ao facto de ultrapassarmos os estatutos, toda a gente sabe que isso já foi feito noutras situações, mesmo em alturas em que Armindo Pinhão era presidente”, explicou Manuel Miranda do Céu.Uma nova assembleia geral para eleger novos dirigentes está já marcada para o dia 9 de Maio, e como não podia deixar de ser, a lista que foi eleita na última reunião vai novamente a sufrágio, e segundo Miranda do Céu, exactamente com os mesmos nomes e integrando-a as duas jovens que são contestadas. “Quem não deve não teme e nós vamos novamente a votos, afinal os estatutos até têm um artigo que permite ultrapassar o caso dos sócios propostos não terem ainda os três meses de associados”.