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Câmara de Tomar quer auditoria interna

Por causa das suspeitas levantadas pelo presidente da junta de Paialvo

A Câmara de Tomar quer fazer uma auditoria interna e deliberou na última reunião consultar empresas dessa área para saber os custos de um processo dessa natureza. A decisão da realização de uma auditoria surge na sequência das suspeitas levantadas pelo presidente da junta de Freguesia de Paialvo, na última assembleia municipal, onde Custódio Ferreira chegou a afirmar que, em 2002, a dívida da autarquia a fornecedores era quase três vezes mais do que apresentava a conta de gerência.

Segundo as contas de Custódio Ferreira, a autarquia deverá ter uma dívida para com fornecedores que ronda os 24 milhões de euros, contra os oito milhões apresentados no documento apresentado aos deputados municipais. Uma afirmação que o executivo de Tomar desmente categoricamente. “Não faz nenhum sentido o que o presidente da junta disse”, referiu o vereador Carlos Carrão.“Ter 24 milhões de euros de dívidas a fornecedores é inconcebível, esse é quase o valor da conta de gerência da câmara”, refere o vereador, admitindo no entanto que pode haver uma ou outra factura não paga que não conste do documento oficial “mas nunca chegarão a um décimo dos valores referidos por Custódio Ferreira”.Aquando da assembleia municipal de 23 de Abril passado, o presidente da junta referiu ter em mãos documentos, nomeadamente facturas, de estabelecimentos que venderam material à autarquia, valor esse que não está contabilizado na conta de gerência.É para tirar a limpo as suspeitas levantadas por Custódio Ferreira que a autarquia deliberou ainda oficiar o presidente da Junta de Paialvo para que mostre publicamente os documentos que alega ter em seu poder e que poderão, ou não, provar as suspeitas levantadas.A realização da auditoria interna servirá também, segundo as palavras do Carlos Carrão, para saber se os actuais procedimentos administrativos da câmara estão correctos.Neste momento ninguém ligado à autarquia pode adquirir qualquer produto sem ter uma requisição assinada pelos serviços camarários competentes, ao contrário do que acontecia num passado recente, em que com uma requisição provisória se poderiam levantar os produtos.

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