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Ginástica para todos

AGISC promoveu festival em Samora Correia

Mais de setecentas pessoas encheram por completo as bancadas do Pavilhão Gimnodesportivo de Samora Correia para assistirem, no último sábado, a mais uma edição do Samorgina, o Festival de Ginástica da Academia Gimnodesportiva de Samora Correia (AGISC). Os 300 atletas e os 11 técnicos da academia receberam 10 colectividades desportivas de vários pontos do país. Foram quatro horas de demonstrações, com atletas dos dois aos 70 anos. A avaliar pela opinião do público assistente no final do festival, este terá sido o melhor Samorgina de todos os tempos.

Os 70 anos de Mário Farum não pesam nada e a avaliar pela prestação do ginasta da classe de manutenção do Ginásio Clube do Sul (GCS), a ginástica pode e deve ser para todas as idades. O esquema apresentado pelo GCS recuperou os jogos tradicionais e as melodias de sempre e foi um dos melhores da noite na 17ª edição da Samorgina, o Festival de Ginástica da Academia Gimnodesportiva de Samora Correia (AGISC). A classe de rítmica do GCS também não deixou os seus créditos por mãos alheias e apresentou um quadro magnífico que já tem presença assegurada na Ginmnoestrada, o maior acontecimento da ginástica mundial que no final deste mês irá decorrer no Pavilhão do Atlântico. Mais de setecentas pessoas assistiram, no passado sábado, dia 5, à 17ª Samorgina e deram por bem empregue o seu tempo. A classe dos Zézitos do Grupo Desportivo da Baixa de São Pedro (Sines) proporcionou o momento mais animado da noite conciliando a prática da ginástica com o bom humor. Os cerca de 300 atletas e 11 técnicos, que fazem actualmente parte da academia foram os anfitriões de mais de quatro horas dedicadas ao espectáculo desportivo. O espectáculo abriu com uma demonstração de Capoeira a cargo do grupo Raízes do Brasil. Portugueses e brasileiros demonstraram o seu talento neste misto de luta e dança de origem brasileira, dando, assim, o mote para uma noite que prometia. Logo depois, entraram os “saltitões” da AGISC. Coordenadas pelas professoras Cândida Ramos e Yola Marujo, as crianças com três e quatro anos de idade, que só há pouco mais de um ano se tornaram os mais jovens ginastas da academia, demonstraram como é fácil e saudável praticar desporto. Ao som de uma música de ritmo acelerado, correram, deram cambalhotas e até conseguiram superar alguns exercícios com arcos. De seguida, a Associação Livre dos Trabalhadores da Barrosa apresentou um quadro de aeróbica que mereceu grande entusiasmo por parte do público assistente. O grupo infantil misto da AGISC fez a demonstração que se seguiu. Crianças com cinco e seis anos de idade apresentaram movimentos livres coordenados por Cândida Ramos e Anatoly Lavrenkov, um treinador russo que foi campeão europeu e mundial de acrobática e está ao serviço da AGISC. O Gymnosau de Santarém com um esquema de dança e manutenção e a dança e a acrobática da AGISC encerraram o primeiro momento do festival. Os Sfusinhos, atletas da Sociedade Filarmónica União Samorense, proporcionaram demonstrações de aeróbica. O Clube União Artística Benaventense deliciou o público com um esquema que aliou a acrobática ao Kempo e que envolveu também as mães das atletas. CAMPEÕES SEM CONDIÇÕESA 17ª edição do Samorgina ficou orçada em dois mil euros, isto porque houve muito trabalho voluntário por parte de dirigentes, atletas, familiares e amigos da AGISC. A comissão de pais também foi muito importante. “Está sempre disponível para ajudar a colectividade”, referiu Cândida Ramos. Também a Câmara Municipal de Benavente ajudou. Além de um subsídio de 250 euros, o município apoiou com o transporte para os atletas participantes.A semelhança do que vai acontecendo um pouco por todo o lado, também a Academia Gimnodesportiva de Samora Correia se queixa de dificuldades financeiras para conseguir pôr em marcha todas a sua estrutura desportiva. As condições para a prática desportiva não são as melhores. A AGISC tem cerca de 300 atletas, e já se torna muito difícil arranjar espaço para tanta gente. A título de exemplo, Cândida Ramos, presidente da Academia, refere que só conseguiram o pavilhão gimnodesportivo para o festival na véspera do evento, isto porque o local esteve ocupado com uma outra actividade. Além disso, muitos atletas, alguns já com vários títulos nacionais, têm de ir treinar ao pavilhão do Porto Alto. Questionada sobre os novos projectos da AGISC, Cândida Ramos foi peremptória ao afirmar que enquanto não forem criados mais espaços para a prática desportiva, não se poderá “voar mais alto”. No entanto, diz que continuará a fazer sempre o melhor em prol de todos os atletas e famílias que desde há muitos anos têm apostado nos serviços desportivos da Academia Gimnodesportiva de Samora Correia.

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