uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Compal pondera reforço do investimento em Angola

Inaugurada em Almeirim nova unidade de produção

A Compal de Almeirim vai continuar a lutar para ganhar a liderança no mercado de sumos de qualidade em Espanha, mas isso não a impede de prespectivar o investimento em novas frentes, nomeadamente em Angola. O anúncio foi feito segunda-feira ao fim da tarde pelo presidente da Comissão executiva, Pires de Lima, no decorrer da inauguração oficial da nova unidade de produção. Uma cerimónia a que assistiu o Primeiro-Ministro, Durão Barroso, o ministro de Estado e da Defesa, Paulo Portas, o ministro da Economia, Carlos Tavares e o ministro da Agricultura, Armando Sevinate Pinto.

A Compal pondera investir na produção industrial em Angola dentro de dois a três anos, caso continue a registar as taxas de crescimento actuais nesse mercado, admitiu o presidente da comissão executiva, António Pires de Lima.“Se as operações em África, nomeadamente em Angola, continuarem a crescer, vamos encarar seriamente a possibilidade de lançar produção própria nestes países”, afirmou Pires de Lima à agência Lusa, à margem da cerimónia de inauguração da nova fábrica da Compal, em Almeirim, segunda-feira à tarde.“Queremos continuar a crescer, em especial em África, onde em Angola e Cabo Verde já detemos posições comerciais de liderança”, sustentou o responsável.Actualmente a empresa desenvolve uma importante actividade de exportação para os países africanos de língua oficial portuguesa.As exportações totais da Compal deverão ascender, em 2003, a mais de 18 milhões de euros. A empresa anunciou também que deverá registar uma facturação superior a 140 milhões de euros em 2003. No primeiro semestre deste ano, a Compal registou um crescimento de 30 por cento da facturação.A nova unidade representou um investimento de 40 milhões de euros e contribui para a duplicação imediata da capacidade de produção, de 75 para 150 milhões de litros, por ano. Estão ainda previstas novas expansões que deverão elevar a produção anual para 250 milhões de litros.Em Almeirim, a empresa tem já adjudicada a construção de uma nova linha de produção que deverá custar seis milhões de euros.Segundo Pires de Lima, todos estes investimentos vão permitir à Compal “intensificar o seu crescimento em Espanha onde se pretende ganhar, a prazo, a liderança no mercado de sumos de qualidade - o mercado ibérico é o nosso mercado natural”. A quota em Espanha é de 10 por cento, segundo dados avançados porPires de Lima.O volume de negócios alcançado pelo grupo foi de 500 milhões de euros em 2002, emprega 1.480 colaboradores em Portugal e 120 em Espanha, tendo sido fundada em Portugal em 1987. O grupo português Nutrinveste é o único accionista da Compal, com 100 por cento do capital.O MIRANTE/LusaDurão Barroso optimistaRecuperação de credibilidade permite captação de investimento O primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso disse segunda-feira em Almeirim que a recuperação da credibilidade de Portugal junto dos agentes económicos internacionais está a traduzir-se na captação de novos projectos de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) no país.“Temos estado em contacto com investidores internacionais e há boa razões para acreditarmos que mais e bom investimento vai chegar ao nosso país neste ano e no próximo”, afirmou Durão Barroso na cerimónia de inauguração das novas instalações da Compal.Durante as suas recentes deslocações à Alemanha e aos Estados Unidos, os governantes portugueses estiveram reunidos com responsáveis de algumas das mais importantes empresas daqueles dois países, com o objectivo de negociar investimentos, salientou o primeiro-ministro.“Estamos a consolidar os ganhos de credibilidade que temos vindo a conseguir, no sentido de criar bom investimento”, afirmou.Durão Barroso lembrou ainda que a Agência Portuguesa de Investimento (API) assinou, no primeiro semestre de 2003, 11 contratos de investimento, avaliados em cerca de 120 milhões de euros. Em avaliação, adiantou, estão mais 99 projectos no valor de 2,78 mil milhões de euros.Aos empresários presentes, o primeiro-ministro pediu que “lancem a aposta da inovação e da qualidade, arrisquem em novos mercados e encarem com confiança os desafios do futuro”.“É essencial pensarmos em termos de mercado ibérico. Não mais faz sentido pensarmos no mercado português isoladamente”, afirmou.“Se conseguirmos produzir com qualidade e inovação, quem ganha na relação entre Portugal e Espanha é Portugal”, acrescentou o primeiro-ministro.É para ser seguido o exemplo de empresas como a Compal, que apresentou um investimento de 40 milhões de euros na sua unidade de Almeirim, que vai permitir uma duplicação imediata da sua capacidade de produção, de 75 para 150 milhões de litros de sumo.Este projecto, que dota a fábrica de cinco novas linhas de enchimento de sumos, contou com apoios públicos, directos e indirectos, na ordem dos 12,5 milhões de euros. “A Compal é o exemplo do que uma empresa portuguesa pode fazer; outras marcas portuguesas podem tornar-se internacionais, desde que tenham estratégia e ambição”, afirmou.Projectos de natureza agro-industrial como o da Compal, que é o maior consumidor de fruta a nível nacional, são contributos importantes para a revitalização da agricultura, defende Durão Barroso.“A Compal mostra que a agricultura nacional pode ter futuro, se fizer o esforço para se integrar em projectos agro-industriais concretos”, disse o Primeiro-Ministro.A inauguração das instalações da Compal contou ainda com a presença do ministro de Estado e da Defesa, Paulo Portas, o ministro da Economia, Carlos Tavares e do ministro da Agricultura, Armando Sevinate Pinto.

Mais Notícias

    A carregar...