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Reforma da PAC criticada em Santarém

Socialistas dizem que agricultura da região sai prejudicada

A reforma da Política Agrícola Comum (PAC), constituiu uma derrota para a lavoura nacional a que o Ribatejo, como zona produtiva de eleição, não podia ficar imune. Um exemplo de fracasso foi não se ter conseguido aumentar a quota de produção de beterraba, de 70 mil toneladas para 100 mil toneladas/ano, que, para o ex-ministro da Agricultura Capoulas Santos, “era fundamental para viabilizar a fábrica de transformação de beterraba instalada em Coruche”.

Para o dirigente socialista, a agricultura ribatejana perde também ao não se terem conseguido aumentar as quotas noutras áreas, como o milho de regadio. Ou por não se ter conseguido evitar que as ajudas futuras excluam totalmente os nossos sectores mais competitivos, como o vinho, as frutas ou os hortícolas.O ex-governante reconhece que as negociações eram difíceis e que as posições de Portugal iriam enfrentar oposição, mas afirmou não compreender a estratégia adoptada ou que o ministro da Agricultura e o primeiro-ministro “viessem cantar vitória” perante uma reforma contra a qual o nosso país votou “sem corar de vergonha”.“Nunca um ministro da Agricultura tinha saído das negociações com menos quota em cada sector, como aconteceu agora”, refere Capoulas Santos, acrescentando que “o Governo não conseguiu sequer manter a quota excepcional de leite concedida aso Açores”.As afirmações do ex-ministro foram feitas no decorrer de uma conferência de imprensa promovida pela Federação Distrital de Santarém do PS, no dia 30 de Junho. Na mesma altura, Rui Medinas, porta-voz daquela estrutura partidária para os assuntos de agricultura, criticou também a decisão recente do ministro da Agricultura em suspender temporariamente, na Região de Lisboa e Vale do Tejo, a aceitação de candidaturas de agricultores a apoios no âmbito das medidas 1, 2 e 3 do programa Agro. Na prática, significa que enquanto durar essa decisão não há dinheiro para projectos de modernização e reconversão de explorações agrícolas. Essa suspensão é justificada pela necessidade de se conhecer a taxa de execução do III Quadro Comunitário de Apoio nessa área e apurar que dinheiro há ainda disponível.“Não se sabe quando é que as candidaturas vão ser reabertas, nem se sabe se os projectos que deram entrada e que estão para análise vão ser aprovados ou não”, afirmou Rui Medinas, que aproveitou para manifestar a sua estranheza pelo “silêncio” do PSD distrital nessa matéria.

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