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Declarações do Presidente

Movimento diz que um “veto” não faz sentido
O presidente do movimento Fátima a Concelho contestou as críticas de Jorge Sampaio à criação de novos municípios, receando um eventual veto do Presidente da República à alteração da legislação sobre a matéria aprovada pelo Parlamento.Em conferência de imprensa, terça-feira, Júlio Silva considerou que as dúvidas manifestadas pelo Presidente da República sobre a criação de novos concelhos “não agradam ao movimento”, que contou com o apoio unânime dos deputados na Assembleia da República.Aquele responsável recordou mesmo que casos como a criação do concelho de Vizela levaram também a alterações da lei-quadro, pelo que um veto de Jorge Sampaio à proposta “não faz sentido”, preferindo considerar as críticas como um “aviso para o futuro”.Na segunda-feira, Jorge Sampaio defendeu a realização de um livro branco sobre a divisão administrativa do país e não negou a possibilidade de vetar as recentes alterações à lei-quadro, que permitem a elevação de Fátima e Canas de Senhorim.Sobre esta matéria, Júlio Silva reconhece que a inclusão da proposta de elevação de Canas de Senhorim na mesma sessão parlamentar da de Fátima “veio fragilizar a pretensão” da cidade-santuário.Por outro lado, o descontentamento de outras localidades como Esmoriz ou Samora Correia é outro dos motivos que Júlio Silva considera prejudiciais à elevação de Fátima a concelho.“Canas vir colada a Fátima só nos veio prejudicar a vida”, afirmou, salientando que o processo de separação de Ourém é “muito antigo” e “já está suficiente amadurecido do ponto de vista político”, como o provou a unanimidade dos deputados.No entanto, caso o veto presidencial se concretize, Júlio Silva espera que isso se traduza somente num atraso da criação do concelho, já que “Fátima merece uma cláusula de excepção da lei- quadro”.As alterações à lei-quadro, aprovadas por maioria, permitem a criação de municípios por razões de ordem histórica e cultural, com o apoio ou não dos concelhos de onde vão ser desanexados.No que diz respeito ao presidente da Comissão Instaladora do novo município, o líder do movimento Fátima a Concelho mostra-se crítico da presença de qualquer nome local.Garantindo que o movimento vai extinguir-se no momento de criação da comissão, Júlio Silva reclama ao Governo que nomeie “um economista de mérito” para liderar o novo concelho nos dois primeiros anos, preferencialmente ligado aos círculos católicos ou ao PSD.Embora não manifestando preferências, Júlio Silva apontou nomes como o de Cavaco Silva, João César das Neves, Bruto da Costa, Silva Lopes ou Carlos Coelho para liderar a comissão instaladora até às eleições autárquicas.No entanto, esta posição parece não reunir o apoio dos partidos políticos, nomeadamente no que diz respeito ao núcleo do PSD de Fátima.António Oliveira, presidente desta estrutura, explicou à Agência Lusa que os sociais-democratas preferem um nome do concelho para liderar os primeiros passos do município. “Alguém com capacidade de gestão e com passado autárquico”, defendeu.Lusa

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