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Futebol representa 0,4 por cento do PIB português

Segundo um estudo realizado pela Deloitte & Touche
Segundo os números do Estudo Global Sobre o Futebol Português realizado pela Deloitte & Touche, e apresentados na terça-feira, dia 22, o futebol representa 0,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), com cerca de 500 milhões de euros, e envolve mais de 20 mil postos de trabalho directos.O estudo apresenta um diagnóstico ao estado actual do futebol português, não só na sua vertente desportiva, mas também social e económica, e aponta caminhos e estratégias para o seu crescimento sustentado.A sessão de apresentação do estudo foi aproveitada pelo presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Valentim Loureiro, para fazer reparos às promessas não cumpridas pelo Estado.Valentim Loureiro recordou os compromissos assumidos no decorrer de uma reunião do Conselho Superior do Desporto (CSD), em 2000, e referiu que “até hoje o Estado não cumpriu com o que se obrigou para o futebol”.O presidente da LPFP reclama “justiça sem tratamento especial” e aponta o estudo agora revelado como comprovativo de que o futebol, para além de uma actividade desportiva, é uma indústria, que tem que ser apoiada como tal.Valentim Loureiro, que falava para uma plateia de pouco mais de duas dezenas de dirigentes desportivos, recordou a crise e a recessão que o país atravessa e que afecta todas as actividades, sendo que o futebol não é excepção.“Os clubes, as SAD’s, as associações e as federações sentem o reflexo dos problemas que o país atravessa, daí que este estudo seja oportuno e constitua uma excelente plataforma de partida para uma discussão alargada”, referiu.De a cordo com Valentim Loureiro, “o Governo não pode continuar a furtar-se ao cumprimento da sua responsabilidade” para com a grande indústria que é o futebol português, zelosa cumpridora das obrigações fiscais.Valentim Loureiro compara o futebol ao vinho do Porto em termos de visibilidade internacional e questiona quantas campanhas publicitárias teriam de ser feitas para igualar a projecção do país, por exemplo, na final da Taça UEFA ou no Europeu Portugal2004.“O futebol é um dos principais produtos nacionais no estrangeiro e o elo por excelência a Portugal dos emigrantes e dos países de expressão portuguesa, cumprindo uma função insubstituível”, defende o presidente da LPFP.O “workshop” a decorrer no Porto visa possibilitar aos agentes desportivos abordar as principais questões do futebol, lançar pistas de solução e definir estratégias para o desenvolvimento sustentado desta actividade desportiva, lúdica e de negócios.O presidente da LPFP apelou à mudança de atitudes e de mentalidade para a credibilização da modalidade, numa acção que tem que principiar nos próprios agentes desportivos, e criticou os olhares de soslaio.Apesar dos problemas inventariados no estudo, Valentim Loureiro está confiante que serão ultrapassados, “mas os dirigentes têm que perceber que o futebol não é uma economia à parte, mas faz parte de um todo”.

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