Os rostos que “fazem” o distrito
Guia autárquico de O MIRANTE apresentado segunda-feira no Entroncamento
O guia autárquico lançado na segunda-feira no Entroncamento mereceu rasgados elogios. O secretário de Estado da Administração Local confessou o seu “orgulho” por esse projecto ter sido produzido em Santarém. O presidente da Associação Nacional de Municípios manifestou “apreço” por esse tipo de iniciatiavas e adiou o início das suas férias para estar presente. O director geral de O MIRANTE explicou que o guia foi concebido para, mais uma vez, marcar a diferença.
O secretário de Estado da Administração Local, Miguel Relvas, considera que o guia autárquico produzido por O MIRANTE, apresentado na segunda-feira no Entroncamento, é um bom exemplo de como se pode promover e dignificar o poder local e quem o exerce.Falando na cerimónia de lançamento da publicação, que contou com o apoio e colaboração da maior parte das autarquias e organismos da administração central instalados no distrito, Miguel Relvas sublinhou que o “maior atractivo” do guia é não se resumir a quadros com gráficos, números e estatísticas, mas sim lançar o desafio aos leitores para conhecerem “o outro lado do homem público”.“São pequenas histórias que contribuem para revelar algumas facetas dos homens que fazem as escolas, as estradas ou as piscinas. Foi assim que fiquei a saber que o Paulo Caldas (presidente da Câmara do Cartaxo) acorda de noite para meditar ou que o David Catarino (presidente da Câmara de Ourém) foi expulso do seminário por andar a namorar”, observou com humor o governante, que é também presidente da Assembleia Municipal de Tomar.MARCAR A DIFERENÇAMais a sério, o director geral de O MIRANTE, Joaquim António Emídio, destacou que o projecto não foi concebido “por vaidade ou para debitar elogios ao nosso trabalho”, mas antes para “marcarmos a diferença”.Falando sobre o projecto editorial que lidera, Joaquim Emídio sublinhou a aposta num quadro de jornalistas residentes em vários concelhos do distrito como uma estratégia de expansão do próprio jornal. “Falta-nos, para fazermos uma cobertura real deste distrito, um jornalista residente em Abrantes, outro em Rio Maior e um último em Ourém”, considerou.Esse tipo de estratégia tem custos, admitiu o director de O MIRANTE. “A informação local escrita, feita por jornalistas que em muitas situações podem acompanhar os acontecimentos em directo, e que conhecem os protagonistas, custa muitos euros a mais que a informação produzida nas redacções e através do telefone ou da internet”, afirmou Joaquim Emídio, lamentando que a maior parte da comunicação social regional não esteja muito diferente do que estava há 25 anos.Uma situação que imputa aos sucessivos governos que passaram pelo país e que não exigiram a devida profissionalização do sector, mas também às autarquias que não apostam na divulgação das suas actividades na comunicação social nem a vêem como parceiro credível. “O normal é ver os municípios a gastarem só numa agenda cultural o que gastam em publicidade no jornal durante um ano, distribuindo depois esse produto em caixas de correio de pessoas que não lhes ligam a mínima importância”, disse.Apesar desses constrangimentos, Joaquim Emídio referiu que continua a acreditar que é possível impor um grande jornal junto de grandes comunidades de leitores sem ser a partir de Lisboa, onde a maior parte da informação é produzida. E, nesse sentido, deixou um apelo aos muitos autarcas presentes para que façam os possíveis para sensibilizar as comunidades escolares para tornarem a leitura de jornais um hábito nas escolas primárias.As palavras do director de O MIRANTE contaram com um aliado de peso. O presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), Armando Vieira, criticou o centralismo emanado da comunicação social de Lisboa e do Porto, que, na sua óptica, não dá voz às freguesias.O ORGULHO DE RELVASMiguel Relvas também sublinhou esse facto, embora em moldes diferentes, sugerindo aos autarcas que colaborem mais com a comunicação social, e vice-versa, sempre numa lógica de autonomia. “A verdade é que a comunicação social é o grande aliado do poder local e o poder local é o grande aliado da comunicação social”, referiu, acrescentando que os boletins municipais “são muito redutores”, de “circulação restrita” e, na maior parte das vezes, “mais do mesmo”.Antes de concluir, revelou o seu orgulho por este guia autárquico ter nascido em Santarém, distrito que considera o seu. “Espero que a partir de Santarém se possa criar uma nova onda de iniciativas editoriais deste género transpostas para outras regiões, pois permitem uma maior proximidade entre eleitos e eleitores”, declarou.Outra figura presente na cerimónia foi o presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que enalteceu também a iniciativa de O MIRANTE. “Os rostos que surgem nesta revista são os principais responsáveis pela infraestruturação desta região”, afirmou Fernando Ruas, que manifestou o seu “apreço” por projectos deste género.As honras da casa foram feitas pelo vice-presidente da Câmara do Entroncamento, que confessou a satisfação com que a sua autarquia acolheu a proposta de apresentação do guia nos paços do concelho. Luís Boavida classificou ainda O MIRANTE como “referência obrigatória” na região, antes de endereçar felicitações à equipa que produz o jornal.
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