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“Beleza sem saúde não existe”

Maria de Fátima Fernandes é esteticista numa clínica de saúde

Saúde, bem estar e beleza são áreas que estão interligadas. É esta a convicção de Maria de Fátima Fernandes, 23 anos, esteticista na clínica de beleza da Farmácia Sá da Bandeira, em Santarém. O curso de massagista de estética do Instituto de Emprego e Formação Profissional, que inclui manicura, pedicura e tratamentos de corpo, durou um ano e possibilitou-lhe uma mudança radical na sua vida.

A clínica de saúde, bem estar e beleza da Farmácia Sá da Bandeira, que funciona no primeiro piso do edifício, na Avenida do Brasil, em Santarém, é o local de trabalho de Maria Fátima Leitão Fernandes, 23 anos. A esteticista, portadora de carteira profissional, trabalha há cerca de um mês na clínica com uma marca de produtos naturais. Acredita que beleza sem saúde não existe. “São duas áreas que estão directamente relacionadas. Tudo o que sentimos e o que temos está no nosso rosto, no semblante de cada um.”O seu trabalho passa também pela regeneração de queimados e tratamentos pós-operatórios. É a vertente mais clínica dentro da estética. “Trabalho os processos fisiológicos para produzir os efeitos estéticos, mas tudo da forma mais natural possível”, descreve. Quando se trata de problemas mais complicados, Fátima encaminha as suas clientes para tratamento médico especializado. A esteticista tem regularmente formação com o biólogo da marca, que promove investigação nas várias vertentes da saúde. “A saúde é um bem estar mental, físico e social”, sublinha Fátima Fernandes.Além da manicura e pedicura ocupa-se também dos tratamentos de rosto. Como costuma explicar às clientes, não se trata só de limpeza de pele. “Há um trabalho de regenerar, nutrir e tratar”.A esteticista é exigente com o trabalho que faz em termos de higiene e limpeza. Não usa cera reutilizável e esteriliza os utensílios a altas temperaturas, eliminando o risco de transmissão de doenças infecto-contagiosas.Tem o cuidado de usar sempre máscara e luvas, que só dispensa para as massagens. “Nas massagens há trocas de energias e há coisas que se passam. Com luvas tornava-se impessoal”, realça.A massagem que faz na clínica está mais associada à descontracção, uma vez que só mais tarde terá formação em drenagem linfática manual.Fátima Fernandes é natural de Lisboa, mas reside em Vale da Pinta, Cartaxo. Na sua profissão gosta de fazer de tudo um pouco. “Dá mais luta poder trabalhar uma pele com mais problemas. Quando posso melhorar o aspecto de umas mãos que precisam muito isso dá-me muito gozo”, exemplifica.No início da carreira teve algumas dificuldades, sobretudo na epilação das axilas, mas com o tempo e experiência ultrapassou a dificuldade.O seu horário é flexível. Ultimamente tem entrado na clínica por volta das 10h00. Mas há dias em que chega a sair às 22h00 para acompanhar as suas clientes que nem sempre têm disponibilidade durante o dia. Maria de Fátima Fernandes acabou o curso de massagista de estética do Instituto de Emprego e Formação Profissional em Setembro de 2002 e iniciou depois uma formação de maquilhagem com duração de três meses. A esteticista já trabalhou numa clínica de fisioterapia, passou por uma cafetaria, um hipermercado e foi funcionária de uma escola de condução, mas só há pouco mais de um ano descobriu a sua verdadeira vocação.“A dada altura decidi parar e tirar um curso. Se não fosse ter enveredado por esta área não estaria tão bem como me sinto. Foi extremamente importante”, confessa.Depois de fazer alguns testes para apurar a sua vocação, uma amiga psicóloga falou-lhe do curso do Instituto de Emprego. A ideia agradou-lhe. O curso de massagista de estética, que inclui manicura, pedicura e tratamentos de corpo, durou um ano e possibilitou-lhe uma mudança radical na sua vida. Foi submetida a um rigoroso processo de selecção e confessa que no início pensou que trabalhar na área fosse muito mais simples. As matérias que o curso inclui ultrapassaram as suas expectativas. Além da forte componente prática, o curso prevê também o estudo da biologia humana, dos ossos e dos músculos. “É preciso que saibamos onde se está a fazer a massagem e qual é o objectivo”, explica.A aprendizagem foi aliciante, até porque uma ambição antiga de Fátima Fernandes, que se ficou pelo 11º ano, era ter enveredado pela medicina. Durante o tempo em que frequentou o curso recebeu uma bolsa com o valor do ordenado mínimo.Em termos de remuneração sente-se compensada pelo trabalho e sobretudo satisfeita por trabalhar num espaço com todas as condições para o exercício da sua profissão.Ana Santiago

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