O toiro volta a reinar nas Festas em Honra de Nossa Senhora de Oliveira e Nossa Senhora de Guadalupe que, a partir desta quinta-feira e até segunda-feira, 18 de Agosto, animam a vila de Samora Correia.A ausência de fogo de artifício por impedimento legislativo e devido aos incêndios que têm assolado o país poderá ser uma das novidades da festa, onde a saída e a recolha dos toiros sempre foram anunciadas com recurso a foguetes e morteiros. A comissão comprou mais de seis mil euros de fogo e material de pirotecnia, mas corre o risco de ter de o devolver ao fornecedor e assumir parte dos prejuízos.A Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora, entidade organizadora da festa considera que a ausência do fogo não vai beliscar o êxito das festas e anunciou que espera que a tendência dos últimos anos se mantenha e que a festa tenha ainda mais visitantes que no ano anterior. A festa de Samora Correia começa esta quinta-feira às 9h30 com um "encierro" com os toiros da Ganadaria Fernando Palha, que serão lidados na corrida nocturna. A abertura oficial das festas está marcada para as 18h00 com a fanfarra da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Samora Correia a fazer as honras da casa. Segue-se uma entrada de toiros conduzidos por campinos e cavaleiros amadores. À noite há arraial na Praça da República e corrida de toiros na arena, montada junto ao centro de saúde da vila.Na sexta-feira, 15 de Agosto (feriado nacional), a manhã começa com uma entrada de toiros (10h00), à tarde há uma prova de perícia automóvel junto ao pavilhão municipal (14h30) e pelas 18h30 terá lugar a única passagem de toiros na Avenida “O Século” seguida de entrada de toiros. Pelas 20h30 haverá um cortejo motard a acompanhar a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe de Porto Alto até Samora seguida da procissão pequena. Um arraial e o concerto com os artistas João Miguel Barradas (campeão nacional e europeu de acordeão) e Micaela completam o programa. O sábado é o dia do campino. De manhã (10h30) há provas de condução de jogos de cabrestos nos terrenos da Sociedade Agrícola da Quinta dos Gatos. À tarde há desfile etnográfico com campinos, cavaleiros, banda filarmónica, fanfarra e ranchos folclóricos participantes no festival na-cional. A noite de sábado é para a sardinhada com sardinha pão e vinho à descrição. Na Fonte dos Escudeiros haverá fado amador, na Praça da República terá lugar o folclore e no Largo do Calvário haverá música para dançar. À 01h30 terá lugar a largada de toiros e vacas.Domingo é o dia da padroeira. Às 15h30 começa o cortejo de Nossa Senhora de Alcamé desde Porto Alto até à Igreja Matriz. Às 17h00 haverá missa de homenagem às padroeiras e às 18h00 sairá a procissão com cerca de duas dezenas de imagens centenas de fiéis. A noite de domingo será animada com Rui Bandeira e as Delirium.No último dia de festa, haverá um "encierro" às 09h30 com toiros de José Palha À tarde há espectáculo para crianças. Por volta das 19h00 nova entrada de toiros e à noite haverá corrida de toiros e arraial. A festa termina com uma largada de toiros e vacas até ao nascer do sol.Corridas de homenagem a Fernando Palha e António VerdascaMano a mano entre samorensesPela primeira vez, Samora Correia vai juntar dois filhos da terra numa corrida de toiros. Na segunda-feira, 18 de Agosto, às 22h00, Pedro Salvador (cavaleiro que tirou a alternativa em Junho em Santarém) e Diego Ventura (cavaleiro de Samora, neto do campino Joaquim Tranca e que está radicado em Espanha) vão lidar seis toiros de José Palha numa corrida de homenagem ao campino António Verdasca Júnior. Pegam os amadores de Alcochete e do Aposento da Chamusca.As festas de Samora incluem uma primeira corrida esta noite (quinta-feira, 14 de Agosto) às 22h00. Numa homenagem ao ganadero Fernando Palha, actuam os irmãos João e António Teles e Rui Salvador. Os toiros são da ganadaria de Fernando Palha e as pegas ficam por conta dos amadores de Santarém e Aposento da Moita. As duas corridas serão abrilhantadas pela banda da Sociedade Filarmónica União Samorense e a organização prevê casa cheia numa praça desmontável que veio de Espanha e que é a maior praça amovível da Península Ibérica.