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Pirotecnias já perderam cinco milhões

Associação do sector queixa-se das restrições impostas por causa dos fogos
Os industriais de pirotecnia já perderam cinco milhões de euros desde que o Ministério da Administração Interna cancelou as licenças para o lançamento de foguetes e fogo de artifício, anunciou sexta-feira a associação do sector. O presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Pirotecnia e Explosivos (APIPE), António Rodrigues, disse à Agência Lusa que “o sector esperava uma receita global este Verão de cerca de 12,5 milhões de euros, mas regista uma quebra entre 60 e 70 por cento”.Devido aos incêndios florestais, que atingiram o território continental, o ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes, ordenou dia 6 de Agosto à PSP e à GNR o cancelamento da concessão de licenças para o lançamento de foguetes, ou queima de outros fogos de artifício, excepto nos casos em que os bombeiros da área certifiquem que não há risco para pessoas e bens.“O que o ministro determinou, e bem, foi maior rigor na aplicação da legislação vigente sobre lançamento de foguetes e fogo de artifício, mas alguns comandantes da PSP, da GNR e dos bombeiros interpretaram tal como uma proibição daquele tipo de espectáculo”, disse o presidente da APIPE.Por isso, António Rodrigues e mais dois elementos da direcção da APIPE foram recebidos por uma assessora do ministro da Administração Interna, em Lisboa, para pedir que “a tutela faça uma nota aos comandantes da PSP, da GNR e dos Bombeiros a esclarecer que não há qualquer proibição, mas sim a exigência do mais escrupuloso cumprimento das regras de segurança”.“Os industriais de pirotecnia, que têm no Verão o ponto alto da sua actividade com as festas religiosas, onde geralmente há foguetes e fogo de artifício, registam prejuízos muito elevados, que colocam em risco algumas empresas e poderão levar mesmo a despedimentos”, acrescentou o dirigente associativo.António Rodrigues disse que a APIPE vai pedir “apoio” aos Ministérios da Economia e do Trabalho e da Segurança Social, “precisamente para que não se concretizem despedimentos” nas empresas de pirotecnia.Para o fogo de artifício e foguetes não utilizados neste Verão há duas alternativas, segundo António Rodrigues: “Uma parte poderá ser utilizada noutras ocasiões, mas a maior parte será destruída”.O presidente da APIPE diz não ter conhecimento de qualquer fogo florestal causado por foguetes ou fogo de artifício, embora defenda “o cumprimento de todas as regras de segurança” quando se realizam espectáculos com materiais pirotécnicos.Lusa

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