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Maçã da Beira Alta certificada

Produtores pretendem combater a “invasão” estrangeira
A maçã da Beira Alta e Bravo de Esmolfe vai ser certificada a partir de Setembro. Uma mais valia com a qual os produtores esperam conseguir combater a “invasão” desta fruta de outros países da Europa.O processo de certificação de Denominação de Origem Protegida, que deverá ficar concluído esta semana com a assinatura da escritura, está a ser liderado pela SELBA, uma associação que representa cooperativas agrícolas que comercializam maçã dos concelhos de Lamego, Tarouca, Moimenta da Beira, Viseu e Mangualde.“Esta campanha [2003/2004] irá funcionar em termos experimentais, com pequenas quantidades de maçã certificada, para vermos quais os defeitos do processo antes de arrancarmos em grande”, explicou à agência Lusa Vítor Pereira, da Cooperativa Agrícola do Távora.Segundo o responsável, o processo de certificação envolve custos muito elevados, havendo necessidade de “analisar a resposta do mercado, saber se as pessoas estão dispostas a pagar um pouco mais caro por um produto certificado, mas que lhes dá garantias de que não estão a comer gato por lebre”.Vítor Pereira estima que a Beira Alta produza “40 a 50 por cento da maçã do país”, entre as variedades “golden”, “starking”, “spur” e “erovan” e também a Bravo de Esmolfe, que se supõe ser originária da localidade de Penalva do Castelo com o mesmo nome.No entanto, acrescentou, nem toda estará em condições de ser certificada, dadas as grandes exigências do processo. “O nosso objectivo é diferenciar o produto, porque hoje a maçã está quase toda “standardizada” ao nível europeu e, se Portugal não pode lutar com países como a França ou a Espanha no que respeita à quantidade, então a solução é apostar na sua valorização, na qualidade”, sublinhou.Enquanto que em Portugal a média de pomares por cada sócio das cooperativas é de cerca de um hectare, “em Espanha, por exemplo, é de 20 ou 30, e como se sabe, quanto em maior quantidade se produzir, menos se gasta”, acrescentou.No caso da maçã Bravo de Esmolfe, que encontra na Beira Alta as melhores condições climatéricas para desenvolver o seu aroma e sabor típicos, Vítor Pereira considera que, “se não se avançasse para o processo de certificação, qualquer dia estaria a ser produzida até no Alentejo”.Lusa

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