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Igreja critica “morosidade” na distribuição de apoios às vítimas

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) criticou a excessiva “morosidade” da forma como algumas instituições públicas estão a encaminhar as verbas de apoio às vítimas dos incêndios florestais.No final de uma reunião do Conselho Permanente da CEP que decorreu terça-feira em Fátima, D. Tomaz Nunes lamentou que, em muitos casos, não tenha sido possível aplicar verbas na reconstrução de casas destruídas ou em apoio directo às pessoas atingidas.“Fazer uma acção integrada não é fácil. Há algumas dificuldades, na morosidade de inquéritos e processos de natureza burocrática, que dificultam esta acção. É mais fácil a relação com as pessoas directamente do que através das instituições”, afirmou.Segundo D. Tomaz Nunes, existem “dificuldades de atribuição de subsídios ou de apoios que são morosos”, porque existem inquéritos para “averiguar as reais necessidades” das populações.Em comparação com esta morosidade dos poderes públicos, “o ritmo da Igreja revela uma eficácia muito grande”, considerou o porta- voz da CEP, salientando que a angariação e distribuição de verbas e de bens têm sido muito positiva e célere, quando gerida pelas paróquias e pelas Caritas diocesanas.Em 6 de Agosto, a presidência da CEP publicou uma nota denominada “Fraternidade na tragédia, a urgência da esperança”, onde foi anunciada uma campanha de recolha de donativos, em articulação com a Caritas, para encaminhar verbas e bens para as populações atingida.“Verifica-se uma generosidade muito grande do povo cristão e de outras pessoas que se associam e alguma dificuldade em desenvolver acções de solidariedade entre a Caritas e outras instituições de natureza civil”, considerou o prelado.Embora elogie o comportamento das autarquias e de algumas estruturas, D. Tomaz Nunes lamentou a “muita morosidade destes processos”, que têm de obedecer à “burocracia” do poder estatal.O comportamento dos bombeiros no combate aos incêndios foi também saudado pelos bispos, que reclamam “formação e meios cada vez mais eficazes no sentido de debelar estes grandes problemas”.Lusa

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