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Arroz cem por cento português

Associação dos orizicultores de Samora Correia e Benavente lançou

A Orivárzea aproveitou a aquisição de dez ceifeiras debulhadoras, a maior encomenda jamais feita em Portugal, para apresentar o primeiro arroz de protecção integrada, cem por cento português. A cerimónia decorreu na passada terça-feira, e foi presidida pelo ministro da Agricultura. A Associação dos Orizicultores da Várzea de Samora Correia e Benavente fez um investimento de 2,5 milhões de euros e garante responder à concorrência dos países produtores de arroz.

A Associação dos Orizicultores da Várzea de Samora Correia e Benavente (Orivárzea) continua a apostar na inovação e aproveitou a aquisição de dez ceifeiras debulhadoras, a maior encomenda jamais feita em Portugal, para apresentar o primeiro arroz de protecção integrada, cem por cento português. A cerimónia decorreu na passada terça-feira, dia 16, em Benavente, e foi presidida pelo ministro da Agricultura, Sevinate Pinto.Num país onde se vendem apenas duas debulhadoras por ano, este investimento de 2,5 milhões de euros, representa um passo importante na preparação dos orizicultores portugueses para a concorrência vinda de Espanha e de outros países produtores de arroz. Estas 10 ceifeiras debulhadoras vão entrar em funcionamento já na colheita deste ano, o que permitirá substituir outras máquinas consideradas obsoletas.A Orivárzea- Associação dos Orizicultores da Várzea de Samora Correia e Benavente, e é a maior organização deste género em Portugal, com 31 associados, onde se inclui a Companhia das Lezírias, com uma área produtiva de 3.500 hectares. Na cerimónia, os responsáveis pela Orivárzea entregaram ao ministro da Agricultura a primeira embalagem de arroz exclusivamente nacional produzido em protecção integrada. Isto é, ausente de químicos nocivos à saúde e ao meio ambiente.“A qualidade do arroz começa no campo”, referiu o presidente do conselho de administração da Orivárzea. “Até chegar à nossa mesa, além do descasque, este arroz não sofre qualquer transformação”, acrescentou António Madaleno. Por isso, a colheita do arroz é efectuada no mais curto espaço de tempo, e com uma tecnologia de ponta para que se consiga a máxima qualidade no grão. Desse modo, a aquisição das ceifeiras “era um imperativo essencial” para dotar o agrupamento de produtores com os meios necessários para conseguir um produto de alta qualidade, de acordo com as normas alimentares.O ministro da Agricultura começou por dizer que esta cerimónia é uma consequência de uma história de sucesso. Sevinate Pinto referiu que isto só foi possível porque um conjunto de pessoas acreditou que é muito positivo quando as pessoas se unem neste tipo de associações. “Importa destacar que esta organização aposta na qualidade, na gestão e na modernidade. Só com um bom acto de gestão é que se consegue enfrentar o futuro”, referiu o ministro.“A Orivárzea tem estado na vanguarda da produção de arroz, pesquisa e melhor variedade”, referiu o presidente da Companhia das Lezírias (CL), também presente na cerimónia. Salter Cid disse que esta associação tem apresentado também os melhores preços para a produção e os melhores preços de venda para os seus associados. A aquisição das máquinas vai ser muito importante para todos os associados, pois de outra maneira seria difícil adquirirem um equipamento tão actual. Já no que diz respeito à Companhia das Lezírias, pode-se dizer que é um caso à parte. A CL faz 1.100 hectares de arroz, por isso, consegue preços muito especiais. Desse modo, não vai ter nenhuma destas máquinas, o que poderá fazer é um aluguer de prestação de serviços. Para a vice-presidente da Associação Empresarial da Região de Santarém (NERSANT), a aquisição destas novas máquinas é de extrema importância para a região. Salomé Rafael disse que nunca será de mais relembrar que esta região vive essencialmente do sector primário e do desenvolvimento industrial no âmbito das indústrias agro-alimentares. Isto significa que a produção de arroz exige um grande desenvolvimento tecnológico. Salomé Rafael aproveitou oportunidade para saudar este tipo de associações. “É preciso que a região e o país sigam este exemplo”, referiu.Mário Gonçalves

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