A passo de caracol
A Semana da Mobilidade e o Dia Sem Carros ficam para a história como época alta de engarrafamentos em Santarém, em absoluto contraste com o espírito que preside a essas iniciativas. Tudo graças à proverbial tendência nacional de se ir em modas, nem que seja só para inglês ver. A bem dizer, esses eventos só serviram para criar dificuldades a quem circula na cidade e mais uma vez não deixaram saudades, apesar do folclore. A iniciativa camarária, que atingiu o pico na segunda-feira, 22, com o corte ao trânsito de algumas artérias do centro histórico, e as já famigeradas obras na envolvência do novo centro comercial puseram os condutores em palpos de aranha e à beira de um ataque de nervos. Os adjectivos com que foi classificada por muitos automobilistas a actuação da câmara, da PSP ou da construtora do centro comercial não são reproduzíveis neste espaço.Nesse dia, tal como em muitos outros, infelizmente, um inocente turista que tenha conseguido a façanha de chegar às Portas do Sol passou por certo as passas do Algarve e não esquecerá tão cedo a aventura. Uma espécie de gincana radical entre camiões carregados de cimento, valas abertas na estrada, montes de areia na via, ruas cortadas sem indicação de alternativas e outras armadilhas do género. Pelo que o mote mais ajustado seria: na cidade com o meu carro e sem ruas para circular...
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