Uma alternativa ao museu municipal que se tornou apertado para expor tantos trabalhos. Ao todo chegaram ao júri 373 trabalhos concorrentes. A nível do concelho registou-se alguma participação. Uma das razões apontadas por Carlos Janeiro, comissário da bienal é a ausência da área de artes na Escola Secundária de Coruche, pelo que os alunos têm de procurar outras escolas em concelhos vizinhos como Almeirim e Santarém. No entanto chegaram participações de norte a sul do país e até de Espanha e do Brasil. O artista premiado vai receber um valor pecuniário de 3 750 euros, uma verba comparticipada na totalidade pela câmara. “ É um investimento cultural, cujo retorno é um maior interesse dos jovens e do público em geral para este tipo de iniciativas”, afirmou o autarca. O valor do prémio pode ter contribuído para a grande afluência de participantes, não só de jovens artistas mas também de profissionais habituados a este mercado, dado que é superior aos prémios de outras bienais promovidas em Portugal, por exemplo em Vila Nova de Cerveira. A obra seleccionada vai ficar para o espólio do museu, as restantes voltam para os seus criadores. Na sua maioria, os quadros vão estar á venda ao público. Para já, apenas está confirmada a presença de Alexandre Melo, crítico de arte e professor universitário para compor o júri da Bienal. Na apresentação do evento à comunicação social, o presidente da câmara de Coruche fez saber que esta bienal é a “ rampa de lançamento de uma série de artistas para novos vôos”. A primeira experiência veio desbravar um campo pouco explorado na vila Sorraia. “ A exposição destina-se ao público em geral, mas queremos motivar as pessoas e trazer-lhes algo de novo”, adiantou Dionísio Mendes. Os coruchenses podem visitar a mostra todos os dias entre as 10h00 até às 22h00, excepto ao domingo. A população escolar tem sido motivada para frequentar a exposição. “ A exposição tem uma função didáctica para revelar vários estilos compostos com sensibilidades diferentes”, afirmou Carlos Janeiro.Ao que tudo indica, os habitantes das várias freguesias do concelho têm autocarro para se deslocarem á Bienal. A divulgação do evento passa pela Internet e com divulgação na TSF, a rádio oficial da exposição.