uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Autárquicas começam a mexer

Possibilidade de uma candidatura independente ventilada em Tomar
A mais de dois anos das eleições autárquicas, os políticos de Tomar já andam numa roda viva. A semana passada a concelhia do PSD fez uma conferência de imprensa para, entre outras coisas, confirmar a recandidatura de António Paiva à presidência. A “pressa” do PSD tem uma justificação – o eventual aparecimento de uma lista de independentes, encabeçada pelo juiz Alberto Braz. A conversa surgiu à mesa, num dos almoços mensais da intitulada confraria do Barbo. Almoços de gente ilustre e influente do concelho de Tomar, pescadores de faca e garfo. Mas, como diz um dos confrades, Tomar é uma cidade muito pequena e tudo se sabe. E ficou a saber-se que poderá surgir uma lista de independentes candidata às próximas autárquicas.Alberto Braz, juiz, ex-procurador da República, é o nome apontado para encabeçar a lista. Nascido e criado em Tomar, mora em Lisboa mas raramente passa um fim de semana fora da cidade do Nabão.Quanto mais não seja para se inteirar do clube do seu coração – o União de Tomar – do qual é presidente da mesa da assembleia geral. Outros confrades, como o ex-vereador socialista António Alexandre ou o professor Carlos Trincão, que nas últimas autárquicas se candidatou pelo Bloco de Esquerda, são companheiros de luta no União de Tomar.E também neste “movimento” para fazer frente a António Paiva. Do qual todos são amigos. Nunca houve qualquer anúncio oficial sobre esta candidatura, nem ele era necessário. Bastou soprar aqui e ali para que em Tomar não se fale em outra coisa. Ainda à boca pequena, é verdade, mas não tão pequena que não chegasse aos ouvidos do poder e do contra-poder instalados na Praça da República.O próprio juiz admite esse facto. Em declarações ao nosso jornal, Alberto Braz diz saber que se fala nessa tal candidatura pela cidade, admite que existam pessoas que tenham feito eco de uma candidatura independente “para preparar determinado candidato” e admite até que haja pessoas “que gostavam que eu fosse candidato”. Afinal, o juiz já foi sondado por duas vezes em eleições anteriores. E, como diz o povo, não há duas sem três. A questão é que, neste caso, poderão mesmo haver três – três tentativas falhadas ou três candidatos fortes à câmara. Sim, porque o PS não vai ficar a ver a banda passar.Sobre a sua eventual candidatura, Alberto Braz diz ser “prematuro” e “inoportuno” fazer qualquer comentário. “Neste momento não excluo nem admito essa possibilidade”. Uma frase bem política.A União faz a forçaEste é um caso concreto de que muitas vezes a política e o desporto andam de mãos dadas. Há até quem avance que a informação de que Alberto Braz se irá candidatar como independente não passa de uma manobra de diversão para servir os interesses do União de Tomar.O juiz eventual candidato desfaz essa tese. “Nem eu preciso de me socorrer do União de Tomar para me candidatar à câmara nem o clube precisa que me candidate para ver resolvidos os seus problemas”.A verdade é que os problemas que durante anos atormentam o União de Tomar estão na iminência de ser resolvidos. De repente, o projecto do complexo desportivo das Avessadas começou a avançar, contemplando dois campos de jogos e até o futuro edifício sede do União de Tomar.O presidente do município, António Paiva, referiu a O MIRANTE que o que existe neste momento é um projecto de estudo para a implementação de dois campos de jogos e “a possibilidade desse projecto poder vir a prever um edifício que servirá de sede ao União de Tomar”. Margarida Cabeleira

Mais Notícias

    A carregar...