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Festival do Tejo na mira da oposição

Investimentos na área da cultura criticados na Assembleia Municipal
O custo do Festival do Tejo, que este ano se realizou pela primeira vez na Praia da Casa Branca, em Azambuja, foi o grande alvo das críticas dos deputados da assembleia municipal, que atacaram unanimemente a estratégia seguida pelo executivo azambujense.Na última reunião da Assembleia Municipal de Azambuja, que decorreu em Vale Paraíso, no dia 26 de Setembro, seguindo uma política de descentralização daquele órgão municipal, os gastos da autarquia com o Festival do Tejo levaram o deputado social democrata, José Leirião, a sugerir que o montante despendido no evento dedicado aos mais jovens poderia ter sido aplicado em incentivos aos estudantes. “Este dinheiro poderia ter sido muito bem empregue em bolsas de mérito e em bolsas de estudo”, afirmou o eleito do PSD.A autarquia de Azambuja gastou este ano 114 mil euros com o festival de música portuguesa, um evento organizado pela Câmara da Azambuja em parceria com o município vizinho do Cartaxo, que decorre alternadamente nos dois concelhos. Para o ano o ano o festival volta à praia fluvial de Valada, no Cartaxo.O presidente da Juventude Social Democrata de Azambuja, o deputado Milton Almeida, também se manifestou relativamente aos gastos com o festival de Verão e de outros investimentos que têm sido feitos no concelho. “Com o dinheiro da estátua, do Festival do Tejo e mais algum que se arranjasse talvez já se pudessem construir os esgotos do Vale do Brejo”, avaliou o jovem deputado.A importância da construção dos esgotos do Vale Brejo, em detrimento do Festival do Tejo, também foi vincada pelo deputado da bancada da CDU, João Couchinho.O presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Joaquim Ramos (PS), considerou as críticas da oposição como “pura demagogia”, argumentando que o custo da rede de esgotos do vale Brejo ascende a 350 mil euros.O deputado do PS, Jorge Colaço, que apontou o dedo ao executivo pela falta de investimento na freguesia de Vila Nova de São Pedro, admitiu que a realização do evento é benéfica para os jovens, mas lembra que esses mesmos jovens quando regressam à sua freguesia sentem ainda mais o constrangimento da falta de equipamentos. “Quando chegam a Vila Nova de São Pedro ainda ficam com mais pena por não terem nada na terra”, lamentou.O Festival do Tejo já tinha sido criticado pelos vereador do PSD numa reunião pública do executivo. Para além dos custos, António Jorge Lopes não gostou de ler as críticas feitas ao festival em vários órgãos de comunicação social. O vereador com o pelouro, Marco Leal (PS) lembrou que contaram-se pelos dedos os artigos depreciativos e apresentou um conjunto de recortes de imprensa com descrições positivas do evento.

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