Ao fim de 13 anos a convidar músicos e bandas de projecção nacional para actuarem durante os dias em que se realiza a Fersant, a Associação Empresarial da Região de Santarém decidiu que já bastava e que havia que dar lugar à criação artística da região, bem melhor que alguns dos músicos que passaram pelos palcos do certame.Contrariando assim a tradição, A Fersant deste ano apresenta apenas a prata da casa, no denominado In Vale Tejo – Festival de Música. Um único concerto, a realizar na próxima sexta-feira, dia 17, pelas 21h30, vai juntar cinco bandas de música de diversos pontos do distrito – The Peorth, Out Band, Touch Down, Free Way e Dark Soul Jazz.Os The Peorth nasceram há cinco anos na cidade de Ourém. O que começou como uma brincadeira de amigos acabou por resultar e o grupo fez a sua primeira actuação pública em Abril de 98.Hoje dedicam-se exclusivamente ao circuito da música ao vivo – pop e rock em bares e discotecas mas também em outros eventos como festas académicas e espectáculos mais radicais em concentrações motard. Ainda em Maio deste ano actuaram na Festa da Semana da Ascensão da Chamusca, após um concerto de Pedro Abrunhosa.O grupo Out Band é originário de uma aldeia do concelho de Torres Novas, de onde foram exactamente tirar o nome – Out de Outeiro, Outeiro Grande. Uma banda composta por sete elementos e que já existe há uma dezena de anos.Além de actuações em bares e discotecas os elementos da Out Band marcam também presença em diversas festas da cidade, como Abrantes, Torres Novas, Tomar e ainda Almeirim. Costumam também ser convidados para passagens de ano e festas de Carnaval.O hip-hop é o estilo de música acarinhado pelos Dark Soul Jazz, que embora toquem há apenas ano e meio já demonstram grande maturidade e solidez nas suas actuações, tendo feito a sua última aparição em público nas festas da cidade de Abrantes.De Abrantes vêm também os Touch Down, que apostam numa toada de pop/rock. Apesar de ainda não terem músicas originais têm vindo a conquistar uma posição de relevo no panorama das bandas de garagem.Com apenas um ano de idade os Free Way são também uma banda pop/rock que nasceu da fusão de dois grupos musicais, dos quais já faziam parte dois elementos, o Élio, responsável pelas letras, e o Miguel, que faz as músicas.Actualmente a Free Way é composta por cinco elementos que tocam preferencialmente na zona de Ourém, de onde a banda é originária, e também em Lisboa, no Parque das Nações.Apesar da sexta-feira ser o grande dia dedicado à música, o palco da Fersant será inaugurado oficialmente na quinta-feira, dia 16, com a actuação da banda SOS, de Abrantes.No sábado, após a apresentação da peça “O Tio Maravilhas” pelos alunos da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Santarém, a realizar no auditório Fersant, a música segue com o já conceituado grupo Hybrius, de Tramagal. O grupo de música popular Sopa da Pedra, de Almeirim, encerra a feira, actuando às 17h30 de domingo.Ano Internacional do Deficiente lembradoA Fersant comemora o Ano Internacional do Deficiente com as apresentações do Grupo de Teatro Fantasia, que faz parte da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), sediada no Vale de Santarém.Este projecto de expressão dramática e criação teatral composto exclusivamente por jovens com deficiência tem vindo a apresentar trabalhos não só a nível nacional como também em França e na República Checa. As peças são baseadas nas histórias tradicionais portuguesas, para um público-alvo sem idade.Desde a sua estreia, em 1997, o grupo de teatro da APPACDM já apresentou quatro grandes histórias – Circo Fantasia, Carochinha e João Glutão, a Loja do Mestre André e “O Tio Maravilhas”, actualmente em exibição. No total foram já realizados 41 espectáculos para cerca de 6250 pessoas.O Grupo de Teatro Fantasia tem também já em preparação uma nova peça – Mitó e o Sábio Filó – com estreia prevista para Março, durante a semana em que a APPACDM comemora o seu trigésimo primeiro aniversário.Para além do teatro, a associação está a desenvolver um grupo de dança, denominado Roda Viva, e composto por uma dezena de jovens com deficiência.Estes projectos visam, através de uma actividade lúdica, contribuir para o desenvolvimento psicomotor, afectivo e cognitivo, bem como para o domínio do corpo, promovendo assim a autonomia, autoconfiança e autoestima das crianças e jovens com deficiência.