O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), disse já ter conhecimento da posição da Brisa há cerca de três meses, mas optou por não a tornar pública por considerar que “há matérias que devem ser trabalhadas com a máxima discrição”. O autarca considera que o estudo de tráfego efectuado pelo município foi determinante para a mudança de posição da Brisa, que até agora alegava não existir tráfego suficiente que justificasse a construção do nó.Agora é preciso que Instituto de Estradas de Portugal, câmara e Brisa cheguem a uma solução definitiva. “Nunca o Cartaxo esteve tão próximo do nó e o nó tão próximo do Cartaxo. Confio que este Governo vai fazer o nó, mas se porventura isso não acontecer terá que ser assumida uma responsabilidade política”, referiu Paulo Caldas.O autarca diz que o investimento deve ser encarado também como o acesso sul de Santarém à auto-estrada. “Espero que alguém do Governo venha ao Cartaxo dizer que o nó é uma realidade”, afirmou.Para avançar com a obra a concessionária de auto-estradas precisa da autorização do IEP, que já tornou público que não deverá opor-se ao estudo do nó. A Brisa poderá avançar com a sua parcela de investimento e receber, posteriormente, numa fase de revisão do seu contrato de concessão, alguma compensação do Estado. A confirmar-se a obra irá desenvolver-se na ligação entre a A1 e a Estrada Nacional 114-2, no norte do concelho do Cartaxo. Para o local está também perspectivada uma Área de Localização Empresarial para levar mais emprego ao concelho.Nos próximos dias deverá também ser inaugurado pelo Instituto de Estradas de Portugal o troço de oito quilómetros de via rápida que liga o Cartaxo ao nó de Aveiras de Cima.