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PS alerta para cheias com consequências graves

Distrital Socialista critica falta de investimento no Tejo

O PS acusa o Governo de estar a esquecer o Tejo, as barreiras de Santarém e a ETAR de Alcanena no plano de investimentos do Estado para 2004.

Este Inverno pode trazer consequências graves para a região. A preocupação é do presidente da distrital do PS, Paulo Fonseca, numa conferência de imprensa realizada na sexta-feira, após uma visita com deputados socialistas eleitos pelo círculo de Santarém às marachas e diques do Tejo. O dirigente socialista prevê “um cenário complicado” devido ao que rotula como falta de investimento do actual Governo nesta área. “Em Maio passado fizemos um alerta idêntico, mas em relação aos incêndios. A conclusão que tirámos na altura é que ia acontecer o que veio a suceder em Agosto. Em relação às cheias elas são uma tradição na região. E neste momento concluímos que o mais certo é que haja uma situação de grande problema”, justificou. Fazendo votos para que as previsões estejam erradas, para bem das populações, Paulo Fonseca disse “lamentar que nada tenha sido feito” para prevenir situações de cheias. O deputado Nelson Baltazar reforçou a ideia dizendo que “desde a Golegã até Santarém não houve uma continuidade no trabalho que vinha a ser feito”. E acrescenta que numa análise ao PIDDAC (Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central) proposto para 2004 “há um total abandono do Tejo”. A comitiva socialista visitou também a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena. Para Nelson Baltazar, a “situação é preocupante, uma vez que a rede de colectores está nos limites”. O deputado garantiu que a situação se deve ao facto de não se investir na estação há dois anos. “A ETAR está a atingir os seus próprios limites, muitas vezes fica cheia e atira os esgotos para o rio Alviela”, reforçou. “É inaceitável que o Alviela, que já tinha fauna e flora, volte a ser um rio morto. São precisas obras que rondam os 3 a 6 milhões de euros. No PIDDAC para 2004, em relação a esta questão, só estão previstos 150 mil euros”, destacou.As barreiras de Santarém foi outra das questões abordadas. Nas palavras de Paulo Fonseca, “ainda há muito trabalho para fazer, mas não existe um cêntimo para resolver o problema” da instabilidade das encostas. “Ainda falta fazer alguns muros e o reencaminhamento da Ribeira de Alfange. Era necessário que o Governo diligenciasse no sentido de responder às preocupações dos organismos do Estado que têm alertado para a situação das barreiras”, acrescentou Nelson Baltazar. Com este cenário, o presidente da Federação Distrital do Partido Socialista apela ao Governo para que “inverta a tendência de paragem do país ao nível de vários sectores”. E argumenta que o PIDDAC proposto pelo Governo é “negativo para o distrito”. Para este ano (2003) estava previsto investir 243 milhões de euros na região, mas só foi executado 47 por cento. Para 2004 é proposto investir no distrito 180 milhões de euros”, justificou em jeito de conclusão.

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