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A poesia no saco do adeus

A poesia no saco do adeus

José do Carmo Franciso faz uma “viagem” à Estremadura

“O Saco do Adeus” é o título do novo livro de poesia de José do Carmo Francisco, uma edição O MIRANTE da colecção Alma Nova, lançada na segunda-feira, na Livraria Ler Devagar, em Lisboa.

A Estremadura é o pano de fundo do 11º livro do poeta, prémio revelação de poesia em 1981 e colaborador do nosso jornal durante vários anos. O livro, uma obra escrita em viagem, reúne 40 poemas todos com 16 linhas. O livro foi escrito entre Dezembro de 1999 e Dezembro de 2000 nas viagens entre Santarém, Alcobaça e Caldas, rota que o autor percorria regularmente enquanto jornalista. A obra é o “lugar mágico onde os cheiros inconfundíveis da Estremadura (o iodo do mar, o mosto dos lagares a fruta das encostas, a urze da serra) se misturam com a luz fascinante da mulher, ora presente, ora ausente e com a água dos grandes rios interiores da paisagem sentimental”, escreveu o poeta.“O Saco do Adeus” deve o título a uma passagem de um conto de Dinis Machado. Para o poeta o livro é uma viagem à Estremadura, “a mais bela das províncias de Portugal”, mas também à infância. Para o ensaísta Ruy Ventura, autor do mestrado “Representações da Memória e do Quotidiano na Poesia de José do Carmo Francisco”, o livro tem “paixão, angústia, memória, encantamento, revolta e ruína – universos semânticos que nos tocam a todos”.José do Carmo Francisco nasceu em Santa Catarina (Caldas da Rainha) em 1951. Foi bancário durante 30 anos e trabalhou como jornalista e revisor nas revistas Ler e no semanário O MIRANTE. Colaborou também no Diário Popular, Diário de Lisboa, República e O Ponto. Desde 1997 que exerce no jornal Sporting e na Editora Climepsi e colabora com notas de leitura em alguns jornais regionais.Publicou “Iniciais” (1981), “Universitário” (1982), “Transporte Sentimental” (1987), “Jogos Olímpicos” (1988), “1983- Um Resumo” (1991), “Leme de Luz” (1993), “Mesa dos Estravagantes” (1997), “As emboscadas do esquecimento” (1999), “De súbito” (2001) e “Os Guarda-Redes Morrem ao Domingo” (2002).A sua poesia figura em diversas antologias e colaborações. José do Carmo Francisco tem também alguns poemas como objecto de estudo de universidades de Veneza e Pádua.Durante a sessão foram também apresentados mais quatro livros de poesia integrados na colecção Alma Nova: “Das Mulheres e do Mundo”, de Pedro Barroso, “A Palavra Sentimental”, de Joaquim António Emídio, “Caosmologia”, de Mário Rui Silvestre e “Nocturnos Litorais”, de Luís Miranda e Rocha.
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