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Em risco de fechar portas

Crise directiva na União Desportiva de Chamusca

A crise directiva que ocorre na União Desportiva de Chamusca está a colocar em causa o normal funcionamento do clube. Por isso mesmo, a colectividade corre o risco de fechar as portas, e colocar ponto final no seu movimento desportivo, que congrega no seu seio cerca de meio milhar de atletas.

O problema de difícil resolução passa pela falta de sócios interessados em fazer parte dos quadros directivos do clube. Numa assembleia geral realizada para apresentação de contas e eleição de novos corpos gerentes o número de associados presentes foi irrisório e não apareceu nenhuma lista para sufrágio.Os dirigentes que na altura estavam em funções, aceitaram ficar como comissão administrativa, mas só até Abril de 2004, altura em que garantem não continuar. Por isso, e no caso de não aparecer ninguém para formar direcção o clube vai mesmo as fechar portas.“Estamos há quase dez anos à frente do clube, temos ficado de um mandato para o outro porque não aparece ninguém para continuar o nosso trabalho, mas agora chegou o momento de dizer chega e de certeza que quando chegar a Abril vamos mesmo embora”, garantiu o vice-presidente do clube, Manuel João Aranha.Este grupo de directores, formado por João Bogalho, Gabriel Bento, Manuel João Aranha, João Manuel Aranha, Fernando Milheiro, José Maria Ferreira, João José Bento, João Lino Brás e Ramiro Bairrão, tem um trabalho meritório na União Desportiva de Chamusca, tomou posse pela primeira vez no final do ano de 1994, e daí para cá conseguiu estabilizar o clube, comprou, pagou e fez obras de beneficiação no edifício da sede, pagou as dívidas atrasadas e conseguiu que nesta altura a colectividade tenha uma situação financeira estável.Por isso, estranha que num universo de cerca de dois mil sócios não se consiga encontrar uma dezena de pessoas dispostas a dirigir o clube. “Lamentamos que o clube possa vir a cair numa situação crítica, por isso apelamos a todos os sócios e principalmente aos pais e familiares dos atletas para que se aproximem mais do União da Chamusca e formem uma direcção, porque nós já não temos condições para continuar”, afirmou o vice-presidente.Na verdade, é estranho que num clube que movimenta meio milhar de atletas, 350 dos quais nas camadas de formação, distribuídos pelas modalidades de basquetebol, futebol, natação, ginástica, kik-boxing e caravanismo, oriundos de todas as freguesias do concelho, não apareçam pessoas para evitar o fecho das portas da colectividade.Manuel João Aranha, garante que a comissão administrativa tudo vai fazer para encontrar pessoas para dirigir o clube, mas avisa que “o actual grupo de trabalho não vai continuar porque já não tem condições de luta para levar o clube por diante”.“É preciso vir gente nova, para reivindicar junto da câmara, que este ano reduziu o subsídio anual, é preciso lutar por melhores instalações, que neste momento são reduzidas para o volume de atletas que o clube movimenta, e também para que as pessoas que têm apoiado o clube vejam caras novas a solicitarem a continuidade do seu apoio”, diz o vice-presidente da União da Chamusca.Face à situação estável do clube, do grande número de sócios e também da grande quantidade de jovens a praticar desporto, é no mínimo estranho que não apareça ninguém para formar uma direcção, e assim se coloque em risco a continuidade de uma colectividade que apesar das dificuldades, tem todas as condições para continuar a desenvolver o seu importante trabalho na formação de jovens atletas.

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