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Comunistas recuperam projectos esquecidos

PCP apresentou mais de 60 propostas de alteração ao PIDDAC para a região

A deputada do PCP eleita pelo distrito de Santarém considera que o plano de investimentos do Estado para o próximo ano fica marcado por um claro “desinvestimento” e vai obrigar a novo adiamento de alguns projectos fundamentais em sectores como a saúde, o ambiente, a segurança ou a educação.

Luísa Mesquita critica sobretudo a redução do montante de investimento previsto para 2004 face a 2003 - de 199 milhões de euros para 131 milhões de euros – na proposta de PIDDAC (Plano de Investimentos de Despesas para o Desenvolvimento da Administração Central) já aprovada no Parlamento e que vai agora ser discutida na especialidade em sede de comissão. Na conferência de imprensa de sexta-feira, realizada na sede do PCP em Santarém, a parlamentar comunista censurou também a baixa execução do PIDDAC no distrito em 2003, inferior a 50%, o que, na sua perspectiva, “defrauda as justas expectativas das populações”.“Se por um lado o PIDDAC de 2003 já abandonava investimentos de âmbito social e de apoio às populações, conforme tivemos a oportunidade de denunciar, o PIDDAC de 2004 não só não repõe esses projectos como abandona alguns outros que estavam previstos, ou prolonga o prazo de execução de outros, acentuando o agravamento das condições de vida das populações e o desenvolvimento do distrito de Santarém”, disse.Entre as obras e projectos “esquecidos” - que o PCP vai tentar colocar na lista durante a discussão na especialidade para “tentar diminuir o impacto das opções negativas do Governo para o distrito de Santarém” - encontram-se a construção do novo centro de saúde de Santarém ou da Escola Básica Integrada de Alcobertas, bem como a resolução dos problemas da ETAR de Alcanena ou a melhoria da rede viária e a construção de novas acessibilidades.Ao todo são 63 projectos de alteração do PIDAC para a região, nas mais variadas áreas, que Luísa Mesquita entende poderem ser contemplados com os montantes que lhes estavam destinados, e que não foram aplicados este ano, ou com dotações de programas onde as verbas não estão definidas projecto a projecto. “Tivemos o cuidado de aumentar a despesa ao mínimo”, ressalvou a parlamentar, que no entanto está consciente que dificilmente os projectos serão aprovados na comissão parlamentar onde serão discutidos. Mesmo sabendo que muitos deles já colheram os votos favoráveis de deputados do PSD e do PS em anos anteriores, quando esses partidos não eram Governo.A deputada sublinhou ainda que o Governo acabou por contemplar a intervenção nas barreiras de Santarém com 200 mil euros – “tostões que darão apenas para começar a elaborar o projecto global”.

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