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Orçamento mais gordo em Benavente

António Ganhão acredita na manutenção das receitas

Em 2004, Benavente vai ter o maior orçamento de sempre. A previsão aponta para 21 milhões e 331 mil euros, valor que supera o orçamento de 2002 que tinha sido o maior na história da autarquia com 20 milhões e 667 mil euros. A proposta do orçamento e das grandes opções do plano da CDU foi aprovada com um voto contra da vereadora do PSD e duas abstenções do PS.

O presidente da câmara considerou que, apesar da crise, Benavente vai conseguir manter os níveis de receitas provenientes dos novos impostos e deverá cumprir com o plano traçado no início do mandato. Este ano a cobrança de impostos permitiu uma poupança corrente de dois milhões de euros (400 mil contos) que, segundo o edil, serão canalizados para investimento.As receitas correntes previstas para 2004 são na ordem dos 13 milhões e 200 mil euros, enquanto que as receitas de capital ficam pelos oito milhões e 124 mil euros. Mais equilibradas são as despesas. As correntes são quase 11 milhões de euros e as de capital têm menos meio milhão de euros.A vereadora do PSD, Sílvia Ferreira considerou que o orçamento e o Plano Plurianual de Investimentos (PPI) “são documentos de continuidade que não merecem discussão”. Segundo a autarca, as colectividades e associações vão ter de continuar a prestar vassalagem à câmara “pelo tão almejado subsídio extraordinário”. António Ganhão refutou as críticas e afirmou que todos os subsídios extraordinários têm sido levados ao executivo e têm sido aprovados por unanimidade.A vereadora do PSD lamentou também que a requalificação dos centros históricos volte a ser adiada e que os planos de pormenor desapareçam. A autarca sublinhou ainda a ausência de planos de ordenamento das acessibilidades. “Enfim ,iremos continuar na mesma...”, disse. Mais moderados na crítica, os vereadores do PS, António Joaquim Almeida e João Paulo Claudino, consideraram que os documentos são pouco ambiciosos, reflectem uma subida das despesas correntes e a necessidade do recurso ao endividamento. Os autarcas socialistas consideraram “algo generosos” os valores previstos para os novos impostos directos e justificaram a abstenção com o facto dos documentos não reflectirem as suas opções, mas apenas o programa da maioria CDU “legitimamente eleita”.O presidente lamentou que a vereadora do PSD não tivesse apresentado nenhuma proposta ou sugestão durante a elaboração dos documentos.Silvia Ferreira disse que em 2002 apresentou várias propostas que nunca foram contempladas e por isso considerou ser desmotivador apresentar sugestões porque a CDU limita-se a incluir as suas propostas.Sobre a retirada dos planos de pormenor, o presidente da câmara considerou que não faz sentido estar a produzir os planos quando está em curso a revisão do Plano Director Municipal (PDM). António Ganhão disse que em algumas autarquias existem planos de pormenor que são loteamentos encapotados com a conivência de quem dirige essas câmaras.Orçamento e PPI serão agora debatidos e votados na assembleia municipal.

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