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Euterpe rompe fronteiras

A casa da cultura de Alhandra há 141 anos

Aos 141 anos a Sociedade Euterpe Alhandrense (SEA) está viva e recomenda-se. A colectividade aposta na música filarmónica, no teatro e na dança e é uma referência nacional. As instalações já são pequenas para os 400 alunos e as limitações não permitem receber mais inscrições. A sessão solene comemorativa de mais um ano de vida realizou-se na segunda-feira, 1 de Dezembro. Na cerimónia foram entregues emblemas aos sócios com 25 e 50 anos de casa.

Aos 78 anos, Eduardo da Cruz está ligado à SEA há 35 anos e como é reformado paga a cota mensal de 75 cêntimos. Na opinião do alhandrense, esta colectividade tem tido um importante papel na cultura e tem evoluído bastante. “Basta olhar para a criação do conservatório de música”, refere. A Euterpe abriu as portas a alunos vindos de vários concelhos da Área Metropolitana de Lisboa . Muitos alimentam o sonho de uma carreira ligada à música.A associação rompeu fronteiras e teve a coragem de internacionalizar o seu encontro de bandas. Em 2004, o Festival Internacional de Música Filarmónica vai ter bandas da Alemanha, da Áustria e da Holanda. João Boloca, sócio há 35 anos aponta o dedo à falta de mais iniciativas ou até de concertos durante o ano. “ A Banda Filarmónica actua em ocasiões festivas e pouco mais”, lamenta. No entanto, José da Cruz, sócio da mesma época, olha para o futuro com optimismo e considera que a Euterpe tem ainda muito caminho pela frente, mas vai conseguir afirmar-se. O presidente da direcção, Jorge Zacarias referiu que nesta altura já é difícil conciliar as quatro centenas de alunos nas instalações existentes. O líder destacou que na escola de música não há vagas, o Conservatório Regional Silva Marques também está lotado e na dança a sala de espelhos é pequena para garantir o crescimento do número de alunos.A actividade cultural extravasa as instalações e está a chegar às escolas do primeiro ciclo. Para o ano lectivo 2004/05, a SEA espera pôr a funcionar o Conservatório Regional de Dança. Para o Teatro também existem projectos, mas a concretizar a médio prazo. Um dos obstáculos é o financiamento. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira atribuiu subsídios, mas do Estado tem havido “ um esquecimento”. No dia do aniversário, a presidente da câmara sublinhou a necessidade de existir uma gratificação aos dirigentes associativos, que no caso do concelho de Vila Franca são 250 que servem diariamente o movimento associativo. Maria da Luz Rosinha esteve reunida no passado sábado com o Governador Civil de Lisboa, José Lino Ramos, e referiu que o trabalho destas pessoas que integram as direcções até poderia ser reconhecido com um benefício fiscal.No fim das cerimónias oficiais, a banda de música proporcionou um concerto que teve a participação do Grupo Coral. Em dia de homenagens, o músico Vítor Rato recebeu uma forte ovação e uma lembrança pelos 50 anos de carreira na Banda da Sociedade Euterpe Alhandrense.

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