Mas para além de uma loja, a Boutike pretende ser um local onde os amantes das motos se juntem. “Queremos que seja um espaço de convívio, onde os motociclistas conversem, até porque pensamos que não havia nada do género”, conta Isabel Vidinha que, juntamente com Sónia Pereira, deu corpo à Boutike Motard. O investimento é pessoal, sem qualquer financiamento exterior, e Isabel e Sónia, ambas ligadas à carreira militar, apostam neste nicho de mercado, sendo elas próprias motociclistas, termo que preferem a motards ou motoqueiras: “Nós gostamos de motos e de andar de mota, respeitando os outros. Aos motoqueiros está normalmente associada a ideia de alguma desordem, muito barulho e não é isso que defendemos”.Isabel Vidinha é também vice-presidente do único moto clube feminino que existe no país: “Somos cerca de 300 motociclistas e só deixamos entrar mulheres para ver se as incentivamos a serem elas a conduzir as motos e deixarem o lugar de pendura”.Como para além do gozo de viajar em duas rodas, andar de moto pode ser perigoso, Isabel e Sónia deixam duas recomendações que devem ser cumpridas à risca: “De Verão ou de Inverno, faça sol ou faça chuva, é imprescindível usar capacete, blusão e todas as protecções. Não podemos facilitar, mesmo que esteja muito calor”, concluem.