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A “inépcia” não foi geral

Na edição da semana passada de O MIRANTE, no artigo com o título “População do Entroncamento sacrificada durante anos por gestão autárquica desleixada - Uma Obra Que Foi Um Buraco” refere-se que o “(...) o denominado ramal dois, que liga a rua cinco de Outubro ao largo do centro de convívio da terceira idade ficou a ganhar pó todos estes anos devido à inépcia do executivo municipal ...” e mais à frente diz-se ainda que “com o aval do executivo (o único voto contra foi do vereador do BE, ...) foi celebrado em 16 de Julho do ano passado um acordo com o proprietário dos terrenos e gerente da fábrica,(...), que permitiria a abertura dos arruamentos em troca de contrapartida (..).”.Com o maior respeito que tenho pelo trabalho desenvolvido pelos jornalistas do jornal O MIRANTE cabe-me alertar para dois factos extremamente importantes para a formação do contraditório indispensável para apurar a verdade dos factos e manter o leitor devidamente informado:Se inépcia houve, e certamente que a houve, ela não pode ser imputada a todo o executivo camarário. Em 06 de Novembro de 1998, a Câmara aprovou o acordo com os proprietários dos terrenos. A CDU, na pessoa do Vereador Martins Jorge, perante as exigências dos proprietários dos terrenos da fábrica, avançou com uma proposta “que de imediato a Câmara accione os mecanismos necessários e legais para a expropriação por utilidade pública dos terrenos necessários ....” Esta proposta foi chumbada por 6 votos dos restantes vereadores PS/PSD. O então Presidente Cunha no debate público para as últimas eleições, em que foi derrotado, afirmou que a CDU é que tinha razão e se tinha deixado levar pelo PSD. E acrescentou que se pudesse voltar atrás faria as coisas doutra forma (debate eleitoral na RVE).Sobre o acordo entre o Proprietário e a Câmara transcrito para a acta em 06 de Novembro de 1998 (por esta altura o Bloco de Esquerda não sonhava retirar ao PS os votos suficientes para fazer eleger um vereador), o então vereador Martins Jorge declarava que “o caminho trilhado pela Câmara é de autentica capitulação perante as exigências do proprietário... que, mais uma vez não teve representantes que defendessem os seus interesses” (daqui a adequação da palavra – inépcia, embora não possa ser generalizada a todo o executivo). Portanto o acordo foi estabelecido em 06 de Novembro de 1998 e não em 16 de Julho de 2002. Para que tudo fique mais claro, o BE na pessoa do vereador Henrique Leal votou favoravelmente o protocolo em 15 de Março de 2002, que visava implementar decisões de há quatro anos, e dá o dito por não dito na reunião de 16 de Julho de 2002. A CDU aprovou o protocolo, de vencido, alertando para a inexequibilidade do pseudo Plano de Pormenor e para a excessiva densidade populacional para o local, propondo-se lutar contra. A CDU nunca deu o aval ao Acordo, pelo contrário sempre foi contra. Mente quem disser o contrário.Temos ao vosso dispor os documentos por nós divulgados em diversas ocasiões e que atestam da nossa boa fé. Estes documentos dariam um caso de estudo digno de qualquer curso de Gestão Autárquica. Esperamos que este texto venha contribuir para esclarecer os factos e para uma informação de qualidade, que se deseja.António Costa FerreiraVereador da CDU na câmara do Entroncamento Nota da redacção: Quando o articulista se referiu ao executivo fê-lo com propriedade. As decisões foram tomadas pelo executivo embora se saiba que nem sempre os executivos decidem por unanimidade. Reconhecemos que isso deveria ter sido focado, embora a pormenorização das votações fosse missão quase impossível tantas e tão variadas elas foram. Lembramos que as posições da CDU foram sendo divulgadas em O MIRANTE ao longo de todo o processo.

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