Célia Duarte
31 anos, empregada de escritório, Tomar
“Acho que há homens, como o meu marido, que nunca usariam saias. Embora consiga imaginar alguns jovens mais ousados a aderir a mais uma revolução no mundo da moda. Afinal, os escoceses já as usam há muitos anos...”
Deixava de fumar por causa das inscrições existentes nos maços de cigarros?É uma pergunta complicada para quem nunca fumou mas penso que sim. Acho que a publicidade negativa deve levar um viciado a pensar em deixar de fumar. Ou pelo menos a pensar duas vezes antes de agarrar num cigarro.O cartão de crédito é um bom aliado em tempo de crise?Nem por isso (risos). Ter um cartão de crédito é uma tentação que se pode tornar um vício e geralmente traz sempre maiores problemas do que aqueles que as pessoas já têm. Tenho cartão de crédito mas é muito raro usá-lo. Gosto de fazer contas só ao que tenho.No Natal costuma fazer extravagâncias?Normalmente tento oferecer coisas com alguma utilidade. E como tenho o hábito de comprar prendas para toda a família, primos incluídos, tento juntar a utilidade da prenda a um preço razoável. Isto é, prendas úteis e baratas. Já fiz algumas extravagâncias, para mim ou para o meu marido, mas fora da época natalícia. Prefere uma árvore de Natal artificial ou um pinheiro verdadeiro?Eu uso árvore de Natal artificial embora gostasse mais de utilizar uma verdadeira. As florestas já estão tão desbastadas com os incêndios que seria um crime cortar pinheiros bebés só para esta altura do ano. Já alguma vez comprou algo pela Internet?Não. Consulto regularmente a Internet mas nunca comprei nada, talvez porque a maioria das compras são pagas com cartão de crédito, o que não me inspira muita confiança.Tem preconceitos em relação aos homossexuais?Aceito que cada um faça as opções de vida que quiser porque acho que as pessoas são livres para fazer o que lhes apetecer. Como na minha família e no meu círculo de amigos não tenho ninguém homossexual não sei como reagiria a uma situação dessas mas penso que, apesar do choque inicial, iria acabar por aceitar com naturalidade. As mulheres são, como dizem os homens, criaturas sempre insatisfeitas?Se calhar são, mas acho que temos de ser insatisfeitas para irmos mais além, para querermos sempre mais do que aquilo que temos. Seria capaz de planear um filho para depois dos 40 anos?A má experiência que já tive leva-me a dizer que não. A minha gravidez foi de risco e se tiver outra, de risco será. Depois dos escândalos de pedofilia acredita que Portugal é um país de vícios secretos?Acho que sim. No caso da pedofilia há pessoas que nunca imaginei ver envolvidas neste tipo de situações e isso faz-me pensar que se calhar há por aí muitas coisas escondidas. Alguma vez se esqueceu de desligar o telemóvel em locais onde o seu uso é proibido?Já, muitas vezes. Ainda há pouco tempo estava num funeral e só quando ouvi um telemóvel tocar é que me lembrei de que o meu também estava ligado. Costuma separar o lixo?Sinceramente, não tenho por hábito separar o lixo. Em Tomar existem ecopontos mas, se calhar como grande parte dos portugueses, ainda não estou suficientemente sensibilizada para fazer isso. E, como não tenho nenhum ao pé da porta, também não vou procurá-lo.As casas de alterne e os clubes de strip são só para homens?Penso que são para quem lá quiser ir (risos). Existe aquela ideia de que esse tipo de casas são frequentadas apenas por homens mas há muitas mulheres que também vão, talvez atraídas pela curiosidade.Os homens conquistam-se pela boca?Também ajuda bastante, mas acho que mais do que pela boca, os homens conquistam-se pelas coisas do coração.Falar de política deixa-a deprimida?Falar de política deixa-me completamente deprimida porque as coisas estão num tal ponto que nunca sei o que hei-de dizer dos políticos e da política. Se fosse moda, os homens andariam de saias?Acho que há homens, como o meu marido, que nunca usariam saias, embora consiga imaginar alguns jovens mais ousados a aderir a mais uma revolução no mundo da moda. Afinal, os escoceses já as usam há muitos anos...
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