Ao quinto discurso da abertura do 3º Congresso do Ribatejo, que se realizou sexta-feira, no grande auditório do Centro Nacional e Exposições, em Santarém, começou a ouvir-se um ruído estranho na plateia que não passou despercebido a muitos dos presentes. Um ex-autarca ribatejano, possivelmente embalado pelo discurso da presidente da Câmara de Vila Franca de Xira na voz do seu representante Carlos Silva, adormeceu a sono solto e ressonou alto e em bom som. Nas imediações, outros congressistas fizeram esforços sobre-humanos para aguentar a longa barragem de discursos de olhos abertos. E alguns também não resistiram, embora tenham sido mais discretos.Numa altura em que se adivinham fortes mudanças na região, fruto do novo quadro administrativo que aí vem, poder-se-ia esperar discursos mais vibrantes e mobilizadores. Daqueles que fazem entusiasmar multidões. Mas, no caso de sexta-feira, não houve vibração, stress, agitação. E só mesmo o ruído das palmas da praxe no final de cada discurso conseguiu arrancar alguns congressistas aos braços de Morfeu. Serão já influências da agregação da Lezíria do Tejo ao Alentejo?