O futuro da Feira de Santa Iria, em Tomar, continua incerto e, como disse o vereador Ivo Santos, “a questão é um mar de problemas”. O debate sobre o futuro da feira, realizado na sexta-feira, 12, na biblioteca municipal, serviu apenas para demonstrar que ainda não existe consenso quanto ao local onde no futuro esta será realizada.O PSD continua a batalhar pela transferência da feira para os pavilhões da FAI (junto à entrada de Tomar, na estrada que liga a cidade a Torres Novas), enquanto o PS aposta na Fábrica de Fiação, cujas instalações estão há anos desactivadas.Toda a zona onde está o edifício da fábrica, junto ao rio Nabão e a norte do pavilhão municipal, irá ser requalificada no âmbito do Polis e a oposição socialista considera que se deveria aproveitar e pensar naquele espaço como futuro albergue da feira.Ao contrário do que diz o partido no poder, os socialistas afirmam que seriam necessárias grandes obras para pôr os pavilhões da FAI aptos a receberem a Feira de Santa Iria. Além de que as oficinas de máquinas da câmara, actualmente ali instaladas, teriam de ser realojadas noutro local.Uma terceira alternativa de localização foi entretanto posta em cima da mesa. O presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais defendeu que a feira deveria passar a fazer-se no espaço em frente ao Instituto Politécnico de Tomar, perto da saída para o IC3.O único entrave a esta solução prende-se novamente com o investimento que seria necessário efectuar. É que os terrenos apontados por António Rodrigues, a quinta de Santa Marta, pertencem a privados.Até agora a única certeza que existe é que a Feira de Santa Iria vai deixar de se fazer no Flecheiro, por via da requalificação da zona, no âmbito do Programa Polis. E, segundo o relógio, faltam pouco mais de 600 dias...