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Ana Rosa Ortiz

“Há muita falta de civismo nas estradas. É uma correria e há aquela pontinha de vingança se há uma ultrapassagem. A partir daí acontecem muitas coisas que se poderiam evitar.

Assistente ao cliente, 28 anos, Azambuja

O Papa deveria ser substituído?Penso que sim. O Papa já cumpriu a sua missão e não está em condições físicas de exercer as suas funções. A sua saúde é muito débil.As pessoas com deficiência têm igualdade de oportunidades?Não têm grandes oportunidades, infelizmente. Penso que há pessoas muito válidas a quem não são dadas todas as oportunidades que merecem.As barreiras arquitectónicas continuam a existir?Sim. Vêem-se assim que se sai à rua. Imagino que deve ser muito difícil enfrentar diariamente todos esses obstáculos nas circunstâncias em que se encontram as pessoas com deficiência.Como se poderia acabar com a morte nas estradas?Há muita falta de civismo nas estradas. As pessoas não se respeitam. É uma correria e há aquela pontinha de vingança se há uma ultrapassagem. A partir daí acontecem muitas coisas que se poderiam evitar. Os acidentes com camiões, por exemplo, ocorrem muitas vezes porque os condutores se metem na estrada de qualquer maneira. Estão lá em cima e sentem-se superiores a quem vai cá em baixo. Na estrada vive-se a lei do salve-se quem puder. Enviar doentes para o estrangeiro é boa estratégia para diminuir as listas de espera?Acho que não há necessidade de mandar as pessoas para fora para fazer tratamentos. É uma solução que implica também muitos custos porque as pessoas têm que se deslocar. A toxicodependência é um problema irremediável?Acho que é daquelas doenças crónicas. Não critico. Penso que depende de cada pessoa. É uma coisa já muito enraizada na sociedade. Há tanta coisa a correr mal que se calhar as pessoas encaram a droga como um refúgio. Ou as pessoas são fortes e não se deixam levar por essas situações ou não há nada a fazer.Já alguma vez pediu o livro de reclamações?Não. Sou uma pessoa muito tolerante. Fico um pouco aborrecida quando entro num sítio e as pessoas não são muito simpáticas, mas nunca pedi o livro de reclamações. As acções ficam com quem as pratica. Para escrever cartas utiliza o papel ou o e-mail?O e-mail. O papel nem por isso. Normalmente sou um bocado preguiçosa. Gosto de escrever, mas é mais em casa para deixar recadinhos. Como tenho uma irmã em Londres, penso muitas vezes em escrever-lhe, mas acabo por nunca o fazer. Na passagem de ano envia mensagens de telemóvel?Gasto imenso dinheiro a enviar mensagens no Natal e na passagem de ano. Recebo muitas e envio outras tantas. As novas tecnologias afastam as pessoas?São uma boa forma de comunicação, se bem que acabam por afastar um pouco as pessoas. Mas de qualquer forma hoje já se tem muito pouco tempo para estar com os amigos e com a família porque é preciso assegurar os afazeres domésticos e todas as outras tarefas…Costuma dar gorjeta?Muito raramente. Não sou muito apologista de dar moeda aqui e ali e deixar gorjeta. Já pagamos o suficiente quando vamos a um restaurante e as pessoas que nos estão a atender recebem o ordenado como nós recebemos no nosso emprego. Seria capaz de comprar um quadro original? Se tivesse possibilidades investia em arte. Também gosto muito de pintar em casa, embora tenha muito pouco tempo.O Euro 2004 vai ser benéfico para o país?Acho que vai ser positivo em termos económicos. Estamos a precisar que venham pessoas de fora com possibilidades e que gastem muito dinheiro por cá. Está a perder-se o espírito do Natal?Acho que não é de hoje que o Natal se está a virar muito para o consumismo. As pessoas nem pensam muito bem no que é o Natal. E afinal significa o nascimento do Menino Jesus. Lá em casa somos oito irmãos. Nem sempre é possível passarmos esta época todos juntos, mas sempre que conseguimos reunimo-nos na noite de Natal e trocamos alguns presentes.

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