As Grandes Opções do Plano que incluem o orçamento, Plano Plurianual de Investimentos (PPI) e o Plano de Actividades Municipais (PAM) foram aprovadas por maioria na última reunião da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira na última sexta-feira, 19 de Dezembro no Sobralinho. Os documentos votados em conjunto mereceram 21 votos a favor dos eleitos do PS e 15 votos contra, (quatro do PSD e 11 da CDU). A presidente da Junta de Freguesia de Alverca do Ribatejo, Serafina Rodrigues (CDU) protagonizou a única abstenção. O orçamento de 76 milhões e 51 mil euros (15 milhões e 210 mil contos) perdeu 13 milhões de euros (2,6 milhões de contos) em relação ao valor previsto para este ano.A área da saúde foi apontada como primeira prioridade pela presidente Maria da Luz Rosinha (PS). A construção de novas instalações para os centros de saúde de Vila Franca e Alhandra e a adaptação em Vialonga serão os passos seguintes. A presidente da câmara adiantou que aguarda luz verde do ministro da saúde e da Sub-Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo para a assinatura do protocolo que permita à autarquia avançar com as obras, cujo valor será ressarcido pelo Estado posteriormente. As apostas para 2004 dirigem-se ainda para a criação de melhores condições na higiene pública e em algumas obras que estão em curso, como por exemplo as piscinas municipais de Vila Franca. A edil destacou ainda a intenção de concretizar o arranjo do sub-solo em À-do-Loucos, na freguesia de São João dos Montes e de avançar com a obra do pavilhão multiusos na freguesia de Cachoeiras. A bancada da CDU apontou o sector da cultura para reclamar mais investimento. Nuno Libório apelou à criatividade para dinamizar espaços como o museu municipal, o Palácio do Sobralinho e as feiras e defendeu a elaboração da carta arqueológica. A CDU teceu críticas à gestão ambiental que está a ser tomada para o concelho, apontando uma má estruturação do território com destaque para a requalificação do espaço público e da eliminação de barreiras arquitectónicas. Carlos Braga acusou a autarquia de ter falhado com a promessa de criar um conjunto de parques de estacionamento no concelho. Vítor Silva, deputado municipal do PSD, realçou o cumprimento de metas a atingir tendo em conta as definições no Plano Estratégico Concelhio (PEC), apesar de não ser o plano ideal e não corresponder às expectativas do PSD.Os socialistas aplaudiram as propostas apresentadas para o orçamento de 2004 pelo executivo municipal, tendo sido João Gaspar o porta-voz dos elogios da bancada PS. A presidente da autarquia (PS) reagiu às críticas e realçou que se está a fazer um “ controle muito apertado da dívida do município para levar por diante o que em cada momento se considera ser o melhor para os interesses da população”. Recorde-se que a utilização da capacidade de endividamento do município foi avaliada em 15 de Dezembro de 2003 e cifrava-se nos 36,1 por cento, segundo dados fornecidos pelo Departamento de Administração Geral. A mesma fonte informou que os encargos assumidos são de 810.445 euros, sendo o limite máximo superior a dois milhões e 246 mil euros.O orçamento dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS) é de 16 milhões e 348 mil euros e foi aprovado por unanimidade.