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Oposição votou contra

Orçamento de 50 milhões aprovado pela Assembleia Municipal de Torres Novas
Os vogais da CDU e do PSD na Assembleia Municipal de Torres Novas votaram contra o orçamento da câmara para o próximo ano. A proposta do executivo socialista acabou aprovada com os votos do PS e dos presidentes das juntas de freguesia do Pedrógão (CDU) e do Paço (PSD), que não seguiram o sentido de voto dos seus partidos.As pretensões que mantêm para que as obras previstas para as suas freguesias sejam executadas, e a legitimidade para as exigirem, foram os fundamentos das declarações de voto apresentadas pelos presidentes Silvino Rosa (Pedrógão) e Teresa Ruivo (Paço), justificando assim o seu sentido de voto.A discussão do orçamento, que decorreu na assembleia municipal realizada na passada segunda-feira, dia 22, não foi pacífica. Apesar de os argumentos apresentados para as posições tomadas serem idênticos aos de outros anos, a questão levantada pelo PSD sobre as despesas de representação irritou o presidente da câmara, António Rodrigues (PS).Por lapso de interpretação, como foi assumido, o PSD considerou que despesas de representação e ajudas de custo eram a mesma coisa e por uma simples operação aritmética chegou à conclusão que mensalmente o erário público torrejano gastava com os políticos do executivo cerca de 5,6 mil euros em ajudas de custo.No entanto, os 68 mil euros anuais referem-se a despesas de representação de toda a máquina da câmara, incluindo os directores de departamento. A lei prevê este acréscimo ao vencimento anual e a assembleia municipal aprovou-o.O empolamento da receita, nomeadamente no que diz respeito à venda de terrenos, para cobrir a despesa foi um dos pontos mais focados pela oposição à esquerda e à direita. Arnaldo Santos (PSD), ex-presidente da câmara, pôs alguma ordem na casa. Discordando do “volume do empolamento” esclareceu que desde sempre a rubrica referida serve de fiel da balança: “Há mais de 20 anos que assim é, a venda de terrenos oscila conforme a necessidade, mas há que ter alguma razoabilidade e não posso concordar com as verbas previstas”, disse.Outro dos pontos focados incide sobre a linha orientadora da política de investimento concelhio. A crítica de que se investe muito na cidade em detrimento das freguesias rurais foi apresentada pelo PSD e pela CDU e esta não é uma situação nova.Em termos de obras, não há nada de novo, dado que as grandes opções do plano foram definidas em anos anteriores e algumas estão concluídas, como são os casos do viaduto de Rio Frio e do Jardim das Rosas. Para a cidade os maiores investimentos referem-se à remodelação do Cine-Teatro Virgínia, já adjudicada, e à construção do palácio dos desportos.A recuperação, conservação e construção da rede viária, com a dotação de um milhão de euros, constitui o maior investimento para as freguesias rurais. Além disso existem contratos-programa com a administração central para o arranjo da estrada nacional 358, que atravessa boa parte das freguesias de Santiago e de Olaia, bem como o celebérrimo viaduto norte, em Riachos. Também a EN-3, estrada de ligação de Parceiros da Igreja à sede do concelho, tem o caderno de encargos preparado para lançamento a concurso.O nível da educação, a maior aposta passa pela construção do jardim de infância de Riachos e a definição da localização dos centros educativos que irão substituir, na quase totalidade, as actuais escolas do primeiro ciclo, em obediência à carta educativa do concelho.

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