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Contestação da privatização das Lezírias

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e a Quercus juntaram a sua voz aos autarcas de Vila Franca de Xira e Benavente num coro de protestos contra a eventual privatização da Companhia das Lezírias (CL). O secretário-geral da CAP, Luís Mira não tem dúvidas de que a obsessão dos privados pelos terrenos da CL tem a ver com a sua localização e com projectos de especulação urbanística “Alguém vai comprar a Companhia para fazer agricultura?”, questiona.O dirigente da CAP considera que o Estado pode rentabilizar a empresa recorrendo à concessão de terrenos. A associação ambientalista Quercus teme que a privatização vá dar um uso diferente aos 20 mil hectares de terrenos da empresa incluídos nos concelhos de Benavente e Vila Franca de Xira, nomeadamente à parte que não está protegida pela Rede Natura 2000.Depois das posições contra a privatização do ex-ministro da Agricultura, Capoulas Santos e das câmaras de Vila Franca de Xira e Benavente, a Assembleia Municipal de Benavente aprovou uma moção contra a intenção do Governo. Na última sexta-feira, a Assembleia de Freguesia de Samora Correia aprovou duas moções, uma do PS e outra da CDU, contra a privatização da empresa sediada na freguesia desde 1836. Os eleitos querem salvaguardar o património da freguesia e sublinham que a CL é uma empresa com boa saúde financeira. Em 2002, a companhia registou um volume de negócios de oito milhões de euros e um lucro de 500 mil euros. Nos últimos três anos a companhia contribui com mais de cinco milhões de euros para as receitas do Estado.Os eleitos solicitaram audiências ao presidente da Assembleia da República, Presidente da República, Primeiro-Ministro, ministros com influência no processo e grupos parlamentares para apelar à manutenção da “jóia” nas mãos do Estado.

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