Durante o dia vai ser debatida a plataforma de remuneração dos trabalhadores, num quadro que o coordenador da USS classifica de panorama “político complexo”. Para além das questões ligadas ao salários vai estar em cima da mesa o horário de trabalho, a política fiscal, a formação e qualificação profissional e a segurança social, entre outros. O congresso inclui ainda uma vertente mais interna que passa pelo reforço da organização e pela elevação da participação dos trabalhadores. O principal objectivo é o de fazer a sindicalização de mais cinco mil trabalhadores do distrito nos próximos quatro anos. O que representa também a nomeação de mais 200 delegados sindicais nas empresas da região. Segundo Valdemar Henriques, “há muitas empresas que não têm delegados sindicais representados”. “Muitos patrões a primeira coisa que fazem é livrarem-se dos trabalhadores sindicalizados”, referiu o coordenador da USS, acrescentando que “não é fácil ser delegado sindical no distrito”. No que respeita às eleições, a lista de consenso apresentada à votação foi alargada de 11 para 15 elementos. Nela estão representados vários sectores de actividade, como a saúde, os têxteis, transportes, alimentação e metalurgia. Depois de eleita a lista, os 15 elementos reúnem-se para escolher o coordenador da União dos Sindicatos de Santarém. No encerramento do congresso vai estar presente o secretário-geral da CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses). Recorde-se que a União dos Sindicatos, apesar de ter estatutos e organização própria, é a estrutura distrital representativa da CGTP.