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Solidariedade não é palavra vã

Delegação de Santarém da Cruz Vermelha com novos “reforços”

A Cruz Vermelha passou a ter mais 16 socorristas no distrito de Santarém. O juramento foi no domingo e veio demonstrar que o voluntariado ainda desperta interesse.

A Delegação de Santarém da Cruz Vermelha Portuguesa (DSCVP) conta, desde o passado domingo, com 16 novos voluntários, que juraram o compromisso de honra, numa cerimónia realizada na Escola Prática de Cavalaria de San-tarém, sob o olhar de entidades oficiais e familiares. Em dois grupos, os instru-endos e operacionais do curso número 548 de formação base da Unidade de Socorro de Delegação Distrital de Santarém, mantiveram-se em parada, com hora e meia de sol pela frente. Após a leitura da fórmula de juramento, os novos socorristas, que integram as unidades de socorro do Cartaxo a Abrantes, deslocaram-se à tribuna onde lhes foram impostas as suas bóinas e crachás, por entidades oficiais e familiares.Para o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Nogueira de Brito, a admissão dos novos socorristas é motivo de reconhecimento ao trabalho da instituição, “numa altura em que se fala na falta de princípios e valores”, indicou. O máximo responsável da Cruz Vermelha referiu-se ainda à hospitalidade da EPC e à colaboração da Câmara de Santarém para encontrar uma solução para a construção da sede social da instituição de socorro. Luís Rodrigues, 27 anos, natural de Santarém, obteve a melhor classificação do curso. Profissional de seguros, este elemento, integrante da Orquestra Típica Scalabitana, tem agora uma nova responsabilidade: ser socorrista da Cruz Vermelha.Tudo começou com o gosto pelo voluntariado na Santa Casa da Misericórdia de Santarém, mas também através de um curso de Cruz Vermelha, até que surgiu esta oportunidade. Foram quatro meses de formação, onde se confrontou com muito treino e com critérios de avaliação que vão desde a presença à aparência.Mas o mais interessante foi o companheirismo, que compensou o cansaço final. “As situações nas urgências e o seguir com uma ambulância para ir ajudar uma pessoa são sensações indiscritíveis. Quando há toque no telemóvel é a loucura”, explicou Luís Rodrigues.Com 18 anos, Ângela Almeida, do Vale de Santarém, também sempre foi adepta do voluntariado. “Desde Setembro que andámos a treinar e os últimos 15 dias foram intensivos, mas esta formatura não foi fácil com o sol a aquecer bem forte”, disse a O MIRANTE.Entrou este ano para o curso de enfermagem, seguindo a tendência solidária, mas foi na Cruz Vermelha que ficou mais surpreendida com o companheirismo e convívio, a par da relação que se ganha com os doentes. “Passamos por situações difíceis e chocantes e é preciso ter muita força para resistir. Mas como socorristas vamos ao local, transportamos, fazemos reanimação e damos apoio aos doentes”, afirmou.

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