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PS de Samora faz balanço negativo

Paulo Português acusado de centralizar gestão
A Junta de Freguesia de Samora Correia construiu sem licença camarária um estaleiro num terreno de particulares. A acusação foi feita pelo Partido Socialista local, na passada segunda-feira, numa conferência de imprensa. José António Dias, um dos dois vogais do PS no executivo, disse que, apesar da obra ter sido feita pelo executivo anterior, a situação é preocupante. “Ao construir-se num terreno que não seja pertença da junta poderá perder-se esse património muito em breve”, disse.Mas, os socialistas não pouparam o actual presidente. Segundo o PS, o independente Paulo Português já poderia ter resolvido esta situação, mas ainda não o fez. “O presidente acha que este não é um assunto de interesse para a freguesia, e nós não estamos de acordo com isso”, referiu.O PS reafirmou que o novo executivo (formado por dois eleitos da CDU, dois do PS e o presidente eleito pelos independentes do Samora Agora) foi confrontado com a inexistência de um contrato para a manutenção dos jardins, isto apesar de existir há mais de oito anos uma empresa que faz essa manutenção. “A situação é demasiadamente grave”, considerou. Também a questão do trânsito mereceu um reparo dos socialistas. A proposta do desvio do trânsito do troço da EN 118, na Avenida o Século, foi levado a uma reunião com a Câmara Municipal de Benavente. Apesar da estrada ser da responsabilidade do Instituto da Estradas de Portugal (IEP), o PS disse que propôs que se resolvesse rapidamente a situação junto do IEP, mas que “o presidente da junta nada fez até agora”.A mesma onda de críticas vai para o facto do funcionamento administrativo da junta estar deficitário e de ainda não existir um sistema de arquivo a funcionar correctamente. A questão de Samora a concelho mereceu também os maiores reparos. Segundo o PS, Paulo Português fez do assunto “cavalo de batalha” durante a sua campanha eleitoral. Chegou a referir que “levaria o caso ao próprio Presidente da República”. Mas, até hoje, esse assunto ainda não constou de nenhuma ordem do dia das reuniões do executivo da junta. “Em vez de resolver os assuntos de interesse para Samora Correia, o presidente deu prioridade ao luxo. Resolveu comprar um carro, quadros para as paredes, um balcão de atendimento, cadeiras e fotocopiadoras. Nós pensamos que não eram esses os assuntos prioritários”, defendeu José António Dias.“Apesar de termos começado com uma gestão do eu quero, posso e mando, e desta situação já estar melhor, já no que diz respeito a outras questões tudo continua na mesma”. O PS queixa-se do facto de não ter conhecimento das situações que envolvem a junta. E como exemplo, os autarcas falaram da correspondência que continua a não ser do conhecimento dos restantes membros do executivo. José António Dias referiu ainda que os assuntos relacionados com pelouros que lhe foram atribuídos continuam a ser tratados pelo presidente.No que toca à Fundação Padre Tobias, os socialistas defendem que a intervenção da junta deve ser feita pela positiva. “Se existir alguém que acha que o trabalho do conselho de administração da Fundação não é o melhor, devemos tentar ajudá-los com os nossos conhecimentos, em vez de tentarmos derrubar essas pessoas”, concluíram. Mário Gonçalves

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